Mãe Convicta: ‘Corpo do Meu Filho Morto Está em Exposição nos EUA’ 13 Anos Depois

Las Vegas, EUA — Mais de uma década após a morte do filho, Chris, a americana Kim Erick, 54 anos, do Texas, afirma ter encontrado o corpo dele em exibição na polêmica exposição “Real Bodies” em Las Vegas. A alegação reacende um mistério que já viu a causa de morte de Chris ser alterada três vezes.

Chris Erick faleceu aos 23 anos em 2012 e, após o funeral, foi cremado. Contudo, Kim está convicta de que um dos corpos plastinados — preservados através de um processo que substitui água e gorduras por um plástico polimérico — e expostos na mostra científica é o de seu filho, conhecido na exibição como “The Thinker” (O Pensador). “Eu soube logo. Foi tão doloroso olhar para ele. Não tenho palavras para descrever como isto me abalou a mim e à minha família,” contou a mãe ao The Sun. Kim alega que estava a olhar para fotos do corpo “esfolado e mutilado” do filho e, como mãe, “reconhece tudo nele”.

A convicção de Kim baseia-se em detalhes específicos do corpo em exposição. Ela afirma ter procurado online pela fratura profunda que viu na têmpora direita do crânio de Chris nas fotos policiais tiradas após a morte dele, encontrando essa mesma fratura no corpo do “Pensador”. Outro aspeto que lhe chamou a atenção foi um corte na pele do ombro do cadáver, exatamente onde Chris tinha uma tatuagem, que facilmente o identificaria.

A morte de Chris, em 2012, tem sido marcada por reviravoltas na determinação oficial. Inicialmente, a polícia determinou que a causa da morte foram dois ataques cardíacos. Contudo, movida pelo instinto, Kim solicitou as fotos do local, que mostravam o filho coberto de nódoas negras e sal de cianeto seco nos lábios. A mãe apelou à reabertura do caso. Testes a um frasco guardado com o sangue de Chris revelaram uma dose letal de cianeto, levando à alteração da causa da morte para intoxicação por cianeto. Kim passou a acreditar que o filho foi assassinado. Em 2014, ao levar o caso a tribunal, o juiz considerou insuficientes as provas de homicídio, e a causa final foi determinada como suicídio.

Apesar da turbulenta história, a exposição “Real Bodies” refuta veementemente as alegações da mãe. A organização garante que as afirmações “não têm qualquer fundamento factual”. Segundo a exposição, todos os corpos são provenientes da China, sem registo de identidade, e o corpo conhecido como “O Pensador” está em exibição há mais de 20 anos, um período incompatível com a morte de Chris em 2012. Mesmo perante a negação, Kim mantém-se firme na sua convicção de que o corpo exposto é o de seu filho.

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