Obra “Como se escrever fosse respirar” será apresentada no dia 22 de março, pelas 15h.

O Júri da 3.ª edição do Prémio Literário Carlos Carranca, constituído pelos escritores e poetas António Vilhena, Fernanda Redondo, Isabel Ponce de Leão, José António Franco e Maria Toscano, deliberou, por unanimidade, declarar vencedor o escritor conhecido pelo nome literário de Álvaro Giesta, com a obra “Como se escrever fosse respirar”.

“As palavras — o meu pão para viver”, assume Álvaro Giesta num dos poemas da obra inédita que é o Prémio Literário Carlos Carranca 2025. E essas mesmas palavras-pão organizam-se em imagens e metáforas irmanadas com outros autores e legados da civilização ocidental.

Como tal, as palavras organizadas em imagens e metáforas, protagonizam um ofício desvelado ao longo das 21 partes deste livro inédito, sendo algumas destas partes um poema uno, sendo outras decompostas em vários poemas.

Palavras-pão organizadas em imagens e metáforas — telúricas, relativas ao corpo, à vida, à
guerra, à paz, à esperança e à utopia —, alicerçam a construção do poema: como astro que assoprado no firmamento / do pó assim se forma / (…) / assim o corpo do poema se há-de erguer / das profundezas da sombra onde as raízes, / sedentas de sageza, mergulham. (…) – num escrever que, seguramente, vamos querer conhecer na globalidade deste livro premente, como respirar…»[O Júri da 3.ª edição do Prémio Literário Carlos Carranca, aos 17 de fevereiro de 2025].

Este português de Arnozêlo-Numão, Vila Nova de Foz Côa, com vivência em Angola (1961 e 1975), é autor editado de 16 obras e traduzido em várias línguas, tendo vindo a escrever poesia, ficção e ensaio.

A par, desenvolve outras atividades relacionadas com a criação e edição literária — de que
podem mencionar-se a coordenação literária e a edição gráfica — como relacionadas com a divulgação de autores nacionais, quer em português, quer em mirandês.

Este prémio consta da edição em livro, pela Câmara Municipal da Lousã, da obra vencedora, com 250 exemplares, de um prémio pecuniário no valor de 1.500 euros e ainda uma residência artística no refúgio de trabalho de Carlos Carranca, na sua casa no Prilhão, Lousã.

Decidiu ainda o Júri atribuir 3 Menções Honrosas, Ex Aequo, dada a qualidade dos trabalhos concorrentes, a: pseudónimo Estevão, nome Isidro dos Santos Alves, de Sintra; pseudónimo John V., nome João Manuel Vilela Rasteiro, de Coimbra; e pseudónimo Passageiro do Tempo, nome José Fernandes de Matos, de Guimarães.

A apresentação do livro e do autor vencedor terão lugar no dia 22 de março, pelas 15h, no Salão Nobre do Edifício dos Paços do Concelho da Lousã, seguida de tertúlia com Fados de Coimbra e alusão a Carlos Paredes, a quem Carlos Carranca dedicou alguns poemas.