O Festival Gastronomia de Bordo está de regresso de 29 de novembro a 8 de dezembro, com 17 propostas de menus especiais que remetem para os sabores preparados nas cozinhas dos navios bacalhoeiros. Na mesma altura, de 5 a 8 de dezembro, decorre o Leme – Festival de Circo Contemporâneo, em Ílhavo, Gafanha da Nazaré e Vista Alegre.
Durante dez dias, os restaurantes aderentes do Município de Ílhavo adicionam ao menu habitual a sua própria interpretação da gastronomia de bordo, com pelo menos três pratos ou entradas.
As propostas incluem abordagens tradicionais, como os bolinhos de bacalhau, as pataniscas, a chora, as línguas de bacalhau fritas e a feijoada de samos, em conjugação com pratos confecionados sob inspiração da cozinha atual, como risotto de bacalhau com crispy de azeitona preta, arroz caldoso de línguas e algas, lasanha de bacalhau e alheira ou rancho do fiel. Há experiências gastronómicas para uma ou duas pessoas.
Para estimular a economia local e promover o seu património cultural, o Município de Ílhavo oferece aos clientes do Festival Gastronomia de Bordo um voucher de entrada gratuita num dos espaços museológicos municipais – Museu Marítimo de Ílhavo, Centro de Religiosidade Marítima ou Navio-Museu Santo André – e um vale de desconto na compra da aguardente bagaceira “Mata Bicho”, à venda nas lojas do Museu Marítimo de Ílhavo e nas lojas de Turismo.
Os restaurantes aderentes à sétima edição do Festival Gastronomia de Bordo são: Bela Ria, Bronze – Seafood & Lounge Bar, Canastra do Fidalgo, Casa Velha – Hotel Ílhavo Plaza, Clube de Vela, Costa do Sal Hotel, Dona Mena, Estrela do Mar, Maradentro, Marisqueira da Barra, Marisqueira Costa Nova, O Gafanhoto, O Navegante, Peixe na Costa, Sétimo Beach Club, Tábua da Ria, Vista Alegre.
As experiências gastronómicas podem ser consultadas no website www.visitilhavo.pt.
O Gastronomia de Bordo é uma homenagem às tradições, aos cozinheiros e aos pescadores do Município de Ílhavo, território com uma longa história associada à pesca do bacalhau. Pescadores e marinheiros viajavam, e ainda viajam, em navios até aos mares do Atlântico Norte para capturar, sobretudo, o bacalhau do Atlântico (Gadus morhua).
Nestas duras campanhas de pesca, que chegavam a demorar seis meses, os cozinheiros atenuavam o cansaço e as saudades da família com refeições reconfortantes, como a chora, uma sopa preparada com cabeças de bacalhau frescas, e o feijão assado, entre outros pratos que incluíam as partes então consideradas “menos nobres” do bacalhau – as caras, as línguas, os samos e as espinhas.
Atualmente, estes derivados do bacalhau são petiscos muito apreciados, sobretudo no Município de Ílhavo, assumindo protagonismo nos menus do Gastronomia de Bordo.