A idade da reforma em Portugal deverá aumentar em cerca de dois anos até 2050, atingindo nessa altura 68,4 anos, prevê a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
Portugal é um dos sete países da OCDE que tem a idade de acesso à reforma indexada à evolução da esperança média de vida, tal como a Dinamarca, a Estónia, Grécia, Finlândia, Itália e os Países Baixos, como indica o relatório da OCDE.
De acordo o documento, em Portugal, onde a idade legal de reforma aumenta em dois terços do aumento da esperança média de vida, o acréscimo será de “cerca de dois anos” para quem entrar no mercado de trabalho aos 22 anos de idade e se aposentar após uma carreira completa, sem redução da pensão.
No documento, a OCDE refere ainda que as taxas de mortalidade variam de ano para ano devido a fatores ambientais, mesmo em tempos normais, como o clima e doenças contagiosas, como a gripe, pelo que a ligação à esperança média de vida pode não ser um indicador estável.
Tendo em conta toda a carreira contributiva e os salários médios, a taxa de substituição líquida das futuras pensões nos países da OCDE é, em média, de 62%.
A taxa varia entre menos 40% no Chile, Estónia, Irlanda, Japão, Coreia, Lituânia e Polónia e “90% ou mais na Hungria, Portugal e Turquia”.
Em média entre os países da OCDE, as pessoas com mais de 65 anos tinham um rendimento médio disponível igual a 88% do total da população, em 2018.