A gripe está a circular mais cedo este ano na Europa, impulsionada por uma nova estirpe do vírus influenza A. O Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças alerta que esta antecipação — três a quatro semanas antes do habitual — poderá indicar “uma temporada de gripe mais severa”, apelando aos países da União Europeia para acelerarem os programas de vacinação.
A avaliação de risco publicada pelo organismo europeu identifica a nova estirpe como responsável pelo aumento dos casos e pela rápida propagação do vírus no continente. Em Portugal, os indicadores sentinela já apontam para um crescimento do número de utentes que recorrem às urgências com síndrome gripal.
Ainda não é claro qual o impacto específico desta estirpe nas infeções respiratórias, mas existe preocupação quanto à baixa adesão à vacina da gripe, que poderá intensificar a pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde durante o inverno.
A Direção-Geral da Saúde garante que não houve este ano qualquer rutura de stock da vacina e sublinha que o período ideal para a vacinação dos grupos elegíveis decorre nas próximas duas semanas. A campanha teve início a 23 de setembro e abrange pessoas com mais de 60 anos, doentes crónicos, profissionais de saúde e, de forma recomendada, crianças entre os seis meses e os cinco anos.
As unidades locais de saúde já entregaram à DGS e à Direção Executiva do SNS os respetivos planos de preparação e resposta para o período de inverno.
