A greve de professores por distrito, que vai prolongar-se por 18 dias, arrancou, esta segunda-feira, em Lisboa, e termina no Porto, no dia 8 de fevereiro.

Esta paralisação realiza-se ao mesmo tempo em que decorrem outras duas greves, uma por tempo indeterminado, convocada pelo STOP, e outra ao primeiro tempo de aulas, convocada pelo SIPE.

Os professores contestam algumas propostas do Ministério da Educação na negociação da revisão do regime de mobilidade e recrutamento de pessoal docente, e reivindicam soluções para problemas mais antigos, relacionados com a carreira docente, condições de trabalho e salariais.

Segundo a RTP, o ministério da Educação está disponível para vincular professores ao cabo de três contratos, passando, assim, a vigorar o mesmo tempo necessário para vinculação na restante Administração Pública, como referiu o primeiro-ministro, no último sábado, em Coimbra:

A greve que começou esta segunda-feira é convocada por uma plataforma de oito organizações sindicais, entre as quais a Fenprof.

Em entrevista à RTP, o secretário-geral desta estrutura, Mário Nogueira, diz que ainda não recebeu nenhuma proposta concreta do Governo, apesar de estar marcada nova ronda negocial para os próximos dias 18 e 20:

Ouvido pela Antena 1, o secretário-geral da Federação Nacional de Educação, João Dias da Silva, não vê nada de novo nestas propostas do Governo:

O presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas, Filinto Lima, espera que estas propostas sejam uma novidade relativamente ao que já existe:

Professores continuam em greve. Esta segunda-feira começou mais uma forma de luta, a greve por distritos. A ação teve início em Lisboa e vai terminar no Porto, dia 8 de fevereiro. Para os próximos dias 18 e 20, estão marcadas novas rondas negociais entre sindicatos e ministério da Educação.