O Governo quer que metade das bolsas de doutoramento para investigadores científicos sejam atribuídas, até 2027, fora das universidades e laboratórios, nomeadamente em empresas. A meta foi expressa, esta segunda-feira, pela ministra da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, Elvira Fortunato, ouvida no parlamento no âmbito da apreciação na especialidade da proposta de Orçamento do Estado para 2023.

De acordo com a nota explicativa da proposta de OE2023 para o setor, serão concedidas 2.885 novas bolsas de doutoramento, das quais 650 em empresas, todas financiadas diretamente pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, que, em 2016, deixou de abrir concursos para bolsas de doutoramento em empresas.

Na mesma audição, Elvira Fortunato anunciou que o Governo vai aumentar em 10% o valor das bolsas para estudantes do ensino superior, uma medida extraordinária em vigor em 2022. Além do aumento de 10% para todos os estudantes bolseiros, as bolsas de estudo terão também uma majoração de 5% nos complementos atribuídos aos alunos deslocados, havendo ainda um aumento de 50% nas bolsas dos alunos carenciados que façam Erasmus.