O empresário Fernando Tavares Pereira, candidato do PSD e CDS-PP à Câmara de Tábua nas próximas autárquicas, defende “a mesma liberdade de falar” para todos os cidadãos do concelho, sem serem prejudicados pelas suas opiniões.
“Candidato-me para que Tábua seja livre”, declarou hoje Fernando Tavares Pereira, de 65 anos, à agência Lusa.
Na sua opinião, nas obras particulares, é necessário “que haja uniformidade de critérios” e que os requerentes “sejam tratados com equidade” pela autarquia, tanto ao nível da construção, como da instalação de empresas.
“Para promovermos o desenvolvimento, precisamos de atrair pessoas, para que Tábua não continue a perder habitantes, como todo o interior tem perdido”, preconizou.
Fernando Tavares Pereira disse que, se for eleito presidente da Câmara, quer captar investimentos para este município do interior do distrito de Coimbra e, ao mesmo tempo, empenhar-se em soluções para “o problema das acessibilidades”.
“Outro problema é não termos uma zona industrial capaz de atrair empresas com mais-valia tecnológica”, lamentou, para realçar que é também necessário investir no saneamento básico.
As acessibilidades e o planeamento, designadamente através do Plano Diretor Municipal (PDM), são áreas que merecerão a sua “especial atenção”, caso venha a suceder ao independente Mário Loureiro, que está a terminar o segundo mandato, pelo PS, mas não se recandidata ao cargo.
“O PDM é essencial para desenvolvermos o concelho”, sublinhou Fernando Pereira.
Também independente, o agora candidato do PSD foi eleito vereador em 2017, mas viria a renunciar ao mandato pouco tempo após tomar posse.
Para fixar os jovens, “é preciso criar emprego” e apostar na cultura e do desporto, domínios em que “as iniciativas não são muitas” em Tábua.
O candidato, que emprega cerca de 600 pessoas em diversas atividades empresariais no país, lidera o Movimento Associativo de Apoio às Vítimas dos Incêndios de Midões (MAAVIM), em Tábua, que fundou na sequência dos fogos de 15 de outubro de 2017, em que morreram 50 pessoas, através do qual tem apoiado centenas de famílias, sobretudo na região Centro.
“Não serei um presidente de gabinete. Desejo que em Tábua, um dos concelhos mais abandonados da região, os jovens tenham uma palavra a dizer”, acentuou.
Fernando Tavares Pereira, que emprega “mais de 100 pessoas” no concelho, pretende “estar à altura de resolver os problemas locais”, pugnando para que “todos tenham o mesmo direito de falar e reclamar”.
Natural da freguesia de Midões, Tábua, começou a trabalhar em 1966, criou empresas em diversos setores, como serralharia civil, construção civil, tratamento de superfícies metálicas, inspeção automóvel, turismo, agricultura, energia, higiene e segurança no trabalho, tendo desenvolvido projetos na Bulgária, Moçambique, Brasil, Argentina e Espanha, entre outros países.
O PS anunciou em março que o vice-presidente da Câmara, Ricardo Cruz, é o candidato do partido nas autárquicas deste ano.
O atual executivo integra quatro eleitos do PS e três do PSD.
A vila de Tábua é sede de um município com 11 freguesias que, em 2011, tinha cerca de 12 mil habitantes.