O combate à pobreza nos mais novos passa por envolver as respetivas famílias. É a principal conclusão da Estratégia Nacional de Combate à Pobreza, cujos resultados foram divulgados no início desta semana. Em declarações à Antena 1, Fernanda Rodrigues, do grupo de trabalho que elaborou o documento, alerta que não vale a pena tentar resolver os problemas dos mais novos sem envolver as suas famílias:

Ainda segundo esta responsável, para combater a pobreza é preciso mais dinheiro:

Nesta entrevista à rádio pública, Fernanda Rodrigues propôs o aumento de várias prestações sociais, como o abono de família ou o rendimento social de inserção. Entretanto, o jornal Público adianta que o Governo pretende que o ensino passe a ser obrigatório a partir dos três anos de idade e não dos seis como atualmente, numa medida que alarga para 15 os anos de escolaridade obrigatória. De acordo com aquele diário, que teve acesso à Estratégia Nacional de Combate à Pobreza, está também previsto, no documento, um aumento das prestações sociais a agregados com crianças, em particular a agregados monoparentais, assumindo como prioridade a retirada das crianças da pobreza e a criação de um Sistema de Apoio Social para as Famílias com Crianças. O reforço do abono de família e o aumento do valor de referência do complemento solidário para idosos também integram as propostas, que são para aplicar entre 2021 e 2030. Recorde-se que a Estratégia Nacional de Combate à Pobreza foi aprovada no último Conselho de Ministros e seguiu para consulta pública.