O sistema de atendimento dos Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) sofreu uma falha técnica nesta quinta-feira, deixando os pedidos de socorro sem resposta. A indisponibilidade foi reportada nas primeiras horas do dia, gerando preocupação entre os cidadãos e as autoridades competentes.

Até ao momento, não foi avançada qualquer justificação oficial para a interrupção, que comprometeu a capacidade de resposta a emergências médicas em todo o território nacional. O INEM ainda não emitiu um comunicado detalhado sobre as causas ou o tempo previsto para a resolução do problema.

Este incidente ocorre num contexto em que o INEM já enfrenta críticas devido à falta de recursos humanos nos seus centros de atendimento. Na última semana, Sérgio Janeiro, presidente do instituto, revelou que faltam cerca de 40 profissionais para garantir o funcionamento pleno dos CODU. Esta carência tem levado a atrasos no atendimento das chamadas de emergência, numa altura em que a sobrecarga do sistema já era notória.

Paralelamente, dados recentes indicam que quase 20% das chamadas recebidas pelos CODU não são emergências médicas, contribuindo para o agravamento da situação. Esta utilização inadequada dos serviços de emergência tem sido apontada como um dos fatores que dificulta o acesso de quem realmente necessita de ajuda urgente.

As falhas no sistema levantam questões graves sobre a resiliência das infraestruturas do INEM, que, sendo uma peça-chave na resposta a emergências médicas, não pode estar sujeita a interrupções. Autoridades e especialistas em saúde têm alertado para a necessidade de reforçar os recursos humanos e tecnológicos do instituto para evitar situações semelhantes no futuro.

Enquanto a situação não é normalizada, as autoridades apelam aos cidadãos para que, em casos de emergência médica, contactem o 112 ou procurem os serviços hospitalares mais próximos. A prioridade, segundo fontes de saúde, é assegurar que nenhuma vida seja colocada em risco devido à falha no sistema.

A situação permanece em atualização, com o INEM sob forte pressão para resolver o problema e restaurar o serviço essencial de atendimento a emergências.