O Sindicato dos Trabalhadores de Hotelaria, Turismo e Restaurantes do Centro anunciou hoje um sentimento de alívio em relação ao possível encerramento do Casino da Figueira da Foz, após uma reunião com o Secretário de Estado do Turismo. A situação delicada envolvendo a Sociedade Figueira Praia, a empresa responsável pela gestão do casino, e o Governo, devido a um diferendo relacionado com a antecipação do prazo de concessão, estava a causar preocupação entre os funcionários do estabelecimento.
De acordo com António Baião, um dos dirigentes sindicais, os trabalhadores temiam que o Casino da Figueira da Foz encerrasse devido a esta disputa em tribunal. O Casino da Figueira moveu uma ação cautelar contra o Estado este ano, contestando uma fatura de 7,4 milhões de euros e a decisão de antecipar a concessão, que originalmente deveria ocorrer em janeiro de 2025, para este ano.
Nuno Fazendo, o Secretário de Estado do Turismo, tranquilizou o sindicato afirmando que não estava particularmente preocupado, uma vez que o casino estava a funcionar, a concessão estava ativa e os impostos estavam a ser pagos ao Estado. Segundo Baião, o Secretário de Estado não via qualquer problema iminente e desconsiderou a possibilidade de encerramento da área de jogos do casino até janeiro de 2025.
Baião também destacou que, do ponto de vista jurídico, o Governo via a situação como normal, com a única controvérsia relacionada à dívida que o Estado deseja cobrar da Sociedade Figueira Praia. No entanto, esta questão não deverá afetar o funcionamento normal do casino.
O principal foco do Governo, segundo o sindicalista, é garantir a continuidade das operações do Casino da Figueira da Foz para preservar os empregos e os direitos dos trabalhadores.
Após a reunião entre o sindicato e o Secretário de Estado do Turismo, realizada nas instalações do Ministério da Economia em Lisboa, o administrador da Sociedade Figueira Praia, Fernando Matos, preferiu não fazer comentários sobre o processo em andamento e as ações dos trabalhadores, que, de acordo com o sindicato, somam mais de uma centena. A situação continua a evoluir à medida que o diferendo entre a Sociedade Figueira Praia e o Estado é resolvido nos tribunais.