As escolas perderam mais de 322 mil alunos numa década, com destaque para o ensino básico que registou uma quebra de 15,5%, revela o relatório do Conselho Nacional de Educação (CNE).
Em relação ao ano letivo de 2010/2011, houve menos 16,6% alunos no 1º ciclo, menos 18,6% no 2º ciclo e menos 12% no 3º ciclo.
A tendência de redução do número de alunos ao longo da última década é apenas quebrada num ano e num nível de ensino.
No geral, entre os anos letivos de 2010/2011 e 2017/2018, houve uma diminuição progressiva de crianças a frequentar a educação pré-escolar, “um fenómeno que abrangeu todas as idades entre os três anos e o início da escolaridade”.
O relatório do CNE indica ainda que nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira as taxas de cobertura das respostas sociais para a primeira infância registaram um aumento progressivo ao longo da última década, enquanto em Portugal continental houve um aumento de oferta até 2015, ano em que começou a registar-se uma redução.
A principal razão da diminuição sistemática dos inscritos na educação pré-escolar deve-se à redução da taxa de natalidade, o que explica igualmente a quebra que se verifica também nos ensinos básico e secundário.
A grande maioria (mais de 80%) das crianças e jovens de todos os níveis de ensino frequentam o sistema público de educação, com exceção do ensino pré-escolar, onde o setor privado assume mais força, acolhendo 53% das crianças inscritas.