O concurso nacional de acesso ao ensino superior de 2023 irá contar com um recorde de 54.733 vagas, mais 372 do que no ano passado. O número de vagas dos cursos de Medicina é um dos que cresce, mas desta vez só há mais sete vagas.
Em entrevista à RTP, a ministra do Ensino Superior, Elvira Fortunato, anunciou a criação de um grupo de trabalho para apurar se a oferta formativa em medicina é suficiente:
O ministro da Saúde frisou a preocupação com a falta de médicos. Contudo, Manuel Pizarro espera conclusões até final do ano, uma vez que as necessidades de hoje são bem maiores do que as vagas disponibilizadas:
O problema, avisam as escolas médicas, é que a crise no SNS condiciona a formação e não há professores para treinar mais clínicos.
À Antena 1, o diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, Carlos Robalo Cordeiro, alerta que a Faculdade tem “demasiados alunos para poucos professores”:
Entretanto, a Ordem dos Médicos anunciou esta segunda-feira que vai pedir ao Governo uma auditoria à qualidade dos cursos de Medicina. O bastonário Carlos Cortes acredita que o problema não se resolve com mais licenciados, mas com maior racionalidade na colocação dos profissionais:
A posição do bastonário da OM vai ao encontro das declarações da ministra da Ciência e do Ensino Superior na última noite, na RTP. Elvira Fortunato justifica a decisão de não abrir mais vagas em Medicina com os elevados custos da formação de novos médicos.