Os municípios da Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra aprovaram, na última reunião do Conselho Intermunicipal, um conjunto de 24 medidas de eficiência energética para implementar no território, dada a importância da redução do consumo de energia.
Este guião concentra as principais medidas de eficiência no consumo energético dividido em componentes de gestão municipal – edifícios, monumentos, espaços públicos e equipamentos municipais; iluminação pública; contexto laboral; sensibilização -, permitindo aos Municípios da Região de Coimbra ajustar à sua realidade municipal e consequente redução da despesa energética.
“Já estão em curso diversas iniciativas de melhoria de eficiência energética a nível local, que têm permitido uma diminuição de consumos. Este guião vem reforçar e garantir uma maior eficiência e sustentabilidade energética para todos os concelhos, de forma a mitigar efeitos provocados pela crise energética na Europa e pela seca extrema sentida no país”, afirma Emílio Torrão, presidente da CIM Região de Coimbra.
Por outro lado, e atendendo a que o aumento dos preços energéticos também está a ter impactos generalizados, desde a grande indústria às pequenas e médias empresas, o Conselho Intermunicipal propôs ao Governo que sejam criadas condições para evitar uma interrupção de produção face aos aumentos e uma consequente rotura estrutural com impacto direto nos preços dos bens e serviços e nas famílias.
“As PME e a grande indústria estão a passar por uma fase complicada, porque os preços de energia estão a ficar incomportáveis. Tem de existir uma redução dos preços de energia o mais rápido possível, para que a Região e o País não percam ainda mais força económica”, reforça Emílio Torrão.
Nesse sentido, os autarcas apelam à redução da taxa de IVA, na fatura da eletricidade, para 6%, direcionado à iluminação pública, setor do turismo, setor de comércio e serviços e de aplicação à comunidade escolar. Reivindicam, igualmente, que sejam criados apoios diretos e imediatos ao tecido empresarial e, principalmente, ao setor industrial, desburocratizando a concessão de apoios sem sujeição a pedidos de subvenções, direcionados para a redução da fatura de energia, incentivo à produção de energia para autoconsumo e adoção de equipamentos energeticamente mais eficientes, no âmbito da sustentabilidade produtiva, competitividade empresarial e consecutiva liquidez e emprego das famílias.