Catarina Martins afirma que “lutará para estar na segunda volta” das presidenciais

A candidata presidencial apoiada pelo Bloco de Esquerda, Catarina Martins, declarou esta terça-feira que “lutará para estar na segunda volta” das eleições presidenciais de 18 de janeiro, reagindo a um apelo de António José Seguro para um voto útil que garanta uma presença da esquerda na segunda etapa da corrida a Belém.

À margem de uma visita a uma Unidade de Saúde Familiar em Faro, Catarina Martins sublinhou que “não há esquerda na segunda volta se não houver nenhum candidato capaz de afirmar que o que o move é a dignidade de quem trabalha e de quem trabalhou toda a vida, defendendo serviços públicos fortes”. A candidata afirmou ainda que recebeu incentivos de pessoas do PS para avançar com a candidatura, de forma a garantir alternativas de esquerda.

Sobre António José Seguro, Catarina Martins criticou o seu historial, afirmando que esteve ligado às políticas da ‘troika’ e continua a apoiar medidas que, na sua opinião, prejudicam os trabalhadores e fragilizam os serviços públicos. Em contraposição, reafirmou o seu compromisso “com as pessoas que lutam para ultrapassar as crises do país, pela dignidade do trabalho e pela resposta do Estado”.

A candidata destacou ainda que Portugal precisa de “novas soluções” e que quem não consegue perceber o momento atual e agir de forma diferente demonstra “uma absoluta cegueira”.

Para além de Catarina Martins, concorrem às presidenciais outros candidatos como André Ventura (Chega), António Filipe (PCP), António José Seguro (PS), João Cotrim Figueiredo (Iniciativa Liberal), Jorge Pinto (Livre), Henrique Gouveia e Melo e Luís Marques Mendes (PSD), estando ainda 31 cidadãos a recolher assinaturas para apresentar candidatura, segundo dados do Ministério da Administração Interna.

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