A ministra do Ambiente do Brasil, Marina Silva, afirmou esta sexta-feira que o país quer alertar o mundo sobre o risco de a Amazónia atingir um ponto de não retorno, durante a preparação da COP30, que terá lugar em Belém, entre 6 e 7 de novembro, com a cimeira de líderes de 10 a 21 de novembro.
“Nós temos consciência de que o tempo está a esgotar-se. A ciência mostra que a Amazónia pode sim entrar em ponto de não retorno, que é o colapso geral para todos nós. Não só da Amazónia, mas do planeta”, afirmou a ministra, destacando que trazer a cimeira para o coração da floresta amazónica serve também como denúncia sobre o que não pode acontecer.
Segundo Marina Silva, a Amazónia não é apenas uma floresta, é um sistema vivo que regula o clima do planeta. A ministra também salientou que, apesar da redução recente da desflorestação, o desafio continua. Dados do Projeto Prodes indicam que 5.796 km² de floresta foram destruídos entre agosto de 2024 e julho de 2025, uma queda de 11,08% face ao período anterior.
A ministra destacou que decisão política pode inverter o processo de destruição, e reiterou a meta do Presidente Lula da Silva de eliminar a desflorestação ilegal até 2030, afirmando ser necessário reduzir consistentemente até alcançar o desmatamento zero, para evitar o colapso da Amazónia.