Os dados da vigilância da mortalidade, elaborado com base no Sistema de Informação dos Certificados de Óbito (SICO), indicam que houve excesso de mortalidade em quase todos os dias do mês de julho, à exceção dos dois primeiros (01 e 02) e dos três últimos (29, 30 e 31).

Há duas semanas, a Direção-Geral da Saúde (DGS) revelou que Portugal tinha registado um excesso de mortalidade entre 07 e 18 de julho correspondente a 1.063 mortes atribuídas às temperaturas extremas que se verificaram no continente.

Segundo os dados do índice ÍCARO – uma medida numérica do risco potencial que as temperaturas ambientais elevadas têm para a saúde da população, podendo levar ao óbito — os valores estiveram no seu nível mais elevado precisamente no dia 14 (0.96).

Nos últimos três dias, quando começaram de novo a subir as temperaturas, o valor voltou a aumentar: de 0.04 na sexta-feira (29) passou para 0.38, no sábado (30), e para 0.68, no domingo (31).

No total, morreram em julho 10.602 pessoas.