O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, anunciou nesta segunda-feira o plano Barricada Zero, uma força-tarefa destinada a remover 13.604 barricadas mapeadas em áreas dominadas pelo crime organizado na Região Metropolitana. O programa marca uma nova fase da política de segurança estadual, após a megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha que deixou 121 mortos há três semanas.
A estratégia envolve ação integrada entre Estado e prefeituras: o governo fornecerá maquinário pesado, kits de demolição e segurança policial, enquanto os municípios serão responsáveis pela logística, como retirada de entulho, aterramento de valas, iluminação, poda e descarte adequado dos materiais. Segundo Castro, qualquer tentativa de reconstrução das barricadas será respondida imediatamente com nova operação do Bope e da Core.
O plano será implementado gradualmente, com o planejamento concluído até quarta-feira e as primeiras ações previstas para a semana que vem. O governo destaca que a iniciativa visa restaurar o direito de ir e vir dos moradores e iniciar a retomada do território ocupado por facções.
Participaram da reunião prefeitos de 12 municípios, incluindo Rio de Janeiro, Belford Roxo, Nova Iguaçu, São Gonçalo e São João de Meriti. Algumas cidades enviaram apenas representantes. O governador ressaltou a importância da integração entre Estado e municípios, independentemente de partidos políticos, para garantir o sucesso da operação.
O plano Barricada Zero envolve ainda geointeligência baseada em drones, denúncias e registros policiais para identificar e monitorar pontos críticos, além de criar um canal exclusivo do Disque Denúncia para moradores relatarem barricadas.
Segundo Castro, a ação não se limita à retirada de barricadas, mas também ao combate à criminalidade, incluindo prisões e redução do poderio das facções.
