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Fórum de Coordenadores Municipais de Proteção Civil da Região de Coimbra

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Realizou-se, na Casa da Cultura de Góis, um Fórum de Coordenadores Municipais de Proteção Civil da Região de Coimbra que contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Góis, António Rui Sampaio, do Comandante Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil da Região de Coimbra, Carlos Tavares, do Secretário Executivo da CIM Região de Coimbra, Jorge Brito, do Professor Alexandre Tavares da Universidade de Coimbra e dos Coordenadores dos Serviços Municipais de Proteção Civil da Região de Coimbra.

Na sequência das várias iniciativas integradas nas comemorações do Dia Internacional da Proteção Civil, no qual o Município de Góis é anfitrião, realizou-se este Fórum de Coordenadores que teve como principais temas a avaliação dos sete anos do “Plano Intermunicipal de Gestão de Riscos” e a sua revisão, tendo em conta os desafios atuais e futuros para o nosso território e a “Execução dos investimentos do PT2030 na área da proteção civil no território da CIM Região de Coimbra”.

Foram discutidas as dificuldades e os desafios com que se deparam os serviços municipais de proteção civil da Região de Coimbra, assim como o reforço da articulação que permitiu a realização de alguns projetos de índole intermunicipal com o objetivo de aumentar a resiliência dos vários serviços municipais, reconhecendo que o caminho terá de ser a união, para contornar as debilidades individuais de cada um dos Municípios, porque “Juntos somos mais fortes”.

Esta iniciativa encerrou as comemorações, na Região de Coimbra, do mês da Proteção Civil de 2024.

PSP deteve 544 pessoas e registou uma vítima mortal na operação Páscoa

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Mais de 540 pessoas foram detidas pela PSP durante a operação Páscoa em Segurança 2024, segundo o balanço hoje divulgado, que dá conta de uma vítima mortal nos 1.352 acidentes registados.

A operação Páscoa em Segurança 2024 integrou três vertentes – prevenção criminal, segurança rodoviária e segurança no uso e manuseamento de artigos de pirotecnia — e decorreu entre os dias 22 e 31 de março, recorda a PSP em comunicado.

Neste período, a PSP deteve 544 pessoas, 232 das quais por crimes rodoviários, nomeadamente 127 por condução sob o efeito do álcool e 105 por falta de habilitação legal para conduzir.

Foram igualmente detidos 65 suspeitos de tráfico de droga, tendo a PSP apreendidas mais de 9.525 doses individuais.

A PSP registou ainda 61 detenções por crimes contra a propriedade (burlas, furtos e roubos).

Na área da segurança rodoviária, foram contabilizados 1.352 acidentes, menos 72 do que no período homólogo. Destes desastres resultaram 15 feridos graves (mais três) e 377 ligeiros (menos 53), além de uma vítima mortal (menos seis), que resultou de um atropelamento.

No mesmo período, foram fiscalizados em todo o território nacional 20.300 condutores e controladas por radar 60.562 viaturas. Destas, 656 estavam em excesso de velocidade, o que corresponde a mais de 15% do total das infrações.

Das 4.483 contraordenações registadas, a PSP destaca 97 por condução sob o efeito do álcool, 444 por falta de inspeção periódica obrigatória, 149 por falta de seguro de responsabilidade civil, 98 por uso do telemóvel durante a condução e 43 por não utilização do cinto de segurança.

Durante a operação, a PSP apreendeu 19 armas de fogo, 32 armas brancas e mais de 500 munições de diversos calibres.

Nas 64 ações de fiscalização no âmbito da competência exclusiva de armas e explosivos, foram ainda apreendidos mais de 395 quilos de material explosivo e 24.288 artigos de pirotecnia.

No que se refere à competência da PSP em matéria de controlo fronteiriço, entre os dias 22 e 31 de março foram controlados 504.989 passageiros na fronteira aérea.

Na nota hoje divulgada, a PSP refere ainda que detetou quatro situações de venda de bebidas alcoólicas a menores de idade, num universo de 173 estabelecimentos fiscalizados a nível nacional.

Nesta ação foram detetados 14 menores a consumir e ou a adquirir bebidas alcoólicas, acrescenta.

Região de Coimbra defende medidas urgentes para preservar lampreia no Mondego

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A Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra defendeu hoje uma tomada “urgente” de medidas para inverter o declínio da população da lampreia no rio Mondego.

Em comunicado enviado hoje à agência Lusa, a CIM da Região de Coimbra apelou “à urgente tomada de medidas por parte das entidades competentes para inverter o declínio da população de lampreias no rio Mondego”.

Segundo a mesma nota, a CIM manifestou a sua “profunda preocupação” com a redução acentuada de lampreias naquele rio, na última reunião do conselho intermunicipal, que decorreu a 22 de março.

Para a Região de Coimbra, a redução drástica que se tem verificado nos últimos anos “coloca em risco a preservação desta espécie emblemática do rio Mondego, com graves impactos no ecossistema e na economia local”.

Em fevereiro, a Câmara de Penacova decidiu cancelar o Festival da Lampreia, face à escassez daquele peixe, já a Câmara de Montemor-o-Velho, cujo presidente lidera a CIM da Região de Coimbra, decidiu à mesma avançar com o certame, que decorreu em março.

De acordo com a nota da CIM, o diretor do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE), Pedro Raposo, marcou presença no último conselho intermunicipal, onde abordou a escassez de lampreia no Mondego.

Em fevereiro, em declarações à Lusa, o especialista em peixes anádromos (espécies que, como a lampreia, se reproduzem em água doce, mas que se desenvolvem no mar) defendeu a proibição da pesca daquele peixe para garantir a sua recuperação.

“A situação piorou. É uma sucessão de anos maus. 2017, 2019, 2022 e 2023 foram anos maus, motivados pela seca e por outras situações que ainda não se consegue explicar, visto que há um desconhecimento do que acontece com a espécie no mar, em que pode haver mais mortalidade”, disse, na altura, Pedro Raposo.

O investigador explicava que a situação não era exclusiva de Portugal, mas que o país conta com a agravante de ser o limite sul de distribuição da espécie.

Se, no passado, a seca e consequente redução do caudal dos rios poderia explicar as quebras da população que sobe os rios, este ano “os caudais não são maus”, mas a situação não melhorou e “tudo leva a crer que possa ser o pior ano” desde que a equipa regista a passagem da lampreia no açude-ponte de Coimbra.

Naquela passagem pelo Mondego, rio onde a pesca de lampreia é uma tradição ancestral, registaram-se apenas 295 espécimes em 2017, 717 em 2019, 1.328 espécimes em 2020, 832 em 2022, e 1.508 em 2023, registos muito distantes dos valores máximos (mais de 20 mil em 2014 e cerca de 11 mil em 2018).

“Se fôssemos coerentes, deveríamos fechar a pesca. A qualquer animal deveria ser dada a oportunidade para se reproduzir, se não daqui a sete anos [ciclo de vida da lampreia] será ainda pior”, defendeu, na altura, o diretor do MARE.

Poiares acolhe Pólo do Centro de Competências de Envelhecimento Ativo

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Assinatura do Protocolo decorreu no Salão Nobre dos Paços do Concelho

O Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares, João Miguel Henriques, e o Diretor do Centro de Competências de Envelhecimento Ativo, Nuno Marques, assinaram o Protocolo para a instalação no Concelho do Pólo Distrital daquele Centro, numa cerimónia pública que decorreu no Salão Nobre dos Paços do Concelho.

Também presentes esteve o Vice-presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, Luís Paulo Costa, a Vice-presidente da CCDR – Centro, Alexandra Rodrigues, a Diretora do Centro Distrital de Segurança Social, Manuela Veloso, as técnicas que já estão a exercer funções no Centro, e diversas entidades locais que operam nesta área.

Esta estrutura, que já se encontra em funcionamento, está instalada no edifício Municipal contíguo aos Paços do Concelho, tem por objeto a promoção de uma abordagem positiva ao envelhecimento, capacitando os profissionais destas áreas com competências para que possam oferecer melhores cuidados e serviços diferenciadores de alta qualidade com o intuito de melhorar a qualidade de vida dos idosos.

De acordo com João Miguel Henriques, Presidente da Câmara Municipal, «para Poiares é um motivo de orgulho o facto de ter sido a escolha para a instalação do Centro de Competências de Envelhecimento Ativo, uma área tão importante e que deve merecer toda a nossa atenção, por forma a proporcionarmos a melhor qualidade de vida aos seniores».

«O trabalho que temos vindo a desenvolver nesta área é notório, quer sejam iniciativas do próprio Município, quer dos vários parceiros e instituições locais, pelo que a escolha por Vila Nova de Poiares é, também, o reconhecimento daquilo que são as nossas preocupações e do empenho nestas temáticas», referiu João Miguel Henriques

Portugal será o país mais envelhecido a partir de 2025

Nuno Marques, Diretor do Centro de Competências de Envelhecimento Ativo afirmou que «o objetivo mais imediato é o de melhorar a qualidade de vida, até 2030, em dois anos, para os maiores de 65. É uma meta ao nosso alcance, mas que para a qual precisamos de atuar em diferentes campos, desde logo junto das pessoas que hoje já estão envelhecidas, mas também de forma preventiva», referiu.

«Portugal será a partir de 2025 o país mais envelhecido da Europa, pelo que esta é uma oportunidade para nos prepararmos, capacitarmos, e fazer as mudanças necessárias para que todos posamos viver melhor com esta realidade», destacou.

Objetivo que é partilhado pelo Presidente da Câmara Municipal, João Miguel Henriques, que sublinhou a «necessidade de criarmos condições para uma melhor qualidade de vida da população sénior. Exemplo disso é a integração da Câmara Municipal num consórcio europeu, no âmbito do Projeto Erasmus+ Sport “European Active Ageing Challenge” (EUAPPTIVE), que está a desenvolver um software a implementar em Vila Nova de Poiares que permitirá a promoção de melhorias na saúde, atividade física e estilo de vida saudável dos idosos, digitalização, práticas inovadoras e inclusão», concluiu.

Reabertas as estradas na serra da Estrela à exceção do acesso à Torre

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As estradas no maciço central da serra da Estrela, que tinham sido encerradas ao trânsito devido à queda de neve, reabriram durante a manhã de hoje, à exceção do acesso à Torre.

Segundo o Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil das Beiras e Serra da Estrela, a circulação já foi retomada na maioria dos acessos, mantendo-se apenas encerrado ao trânsito o troço número 12 de acesso à Torre, o ponto mais alto do maciço central.

As previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IMPA) apontam para queda de neve nas terras altas, em especial do Norte e do Centro, descendo a cota gradualmente para os 600/800 metros.

O IPMA prevê ainda chuva, por vezes forte e persistente, que poderá ser de granizo e acompanhada de trovoada e agitação marítima forte, com ondas de noroeste na costa ocidental, atingindo seis a sete metros a norte do Cabo Carvoeiro (altura máxima de 12 metros).

O agravamento das condições meteorológicas levou a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) a alertar a população para medidas preventivas.

Com base nas previsões do IPMA, a Proteção Civil alertou, na segunda-feira, para a possibilidade de vento, por vezes forte, nas terras altas e no litoral oeste, com rajadas até 80 quilómetros por hora (km/h).

Montemor – o – Velho: Solenidade do Senhor dos Passos em Montemor-o-Velho

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A fé e a devoção saíram à rua em Montemor-o-Velho, no dia 24 de março, com a procissão diurna do Senhor dos Passos.

Cumprindo a tradição, o momento solene iniciou-se na Igreja de Santa Maria da Alcáçova, no Castelo, tendo feito um percurso pelas ruas do centro do histórico que terminou na igreja do Convento de Nª Sr.ª dos Anjos.

Juntando-se aos muitos fiéis e público, a vereadora da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, Diana Andrade, esteve presente num dos momentos marcantes da solenidade do Senhor dos Passos – o Sermão do Encontro que ocorre na Praça da República.

Abrilhantada pela Associação Filarmónica 25 de Setembro, a iniciativa, organizada pela Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Velho, reveste-se de um particular significado para a comunidade católica, em especial a de Montemor-o-Velho.

Paralelamente aos sermões do Pretório, do Encontro e do Calvário, o canto da Verónica e a encenação do Calvário são outros momentos que fazem parte da Procissão dos Passos.

Montemor – o – Velho: “Viagem Imaginária” alertou para a importância da água no Festival do Arroz e da Lampreia

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A exposição inspirada no livro “Viagem Imaginária”, da autoria de António Vilhena com ilustrações de Márcia Santos, convidou os/as visitantes do Festival do Arroz e da Lampreia a refletirem sobre a importância da água. No sábado, dia 23 de março, a exposição e o livro foram os pretextos para uma conversa que juntou entidades, convidados e o jovem cantor Guilherme Baptista, embaixador e padrinho da iniciativa promovida pela ABMG – Águas do Baixo Mondego e Gândara.

Na ocasião, a vereadora da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, Diana Andrade, enalteceu a ação desenvolvida pela ABMG e frisou: “O Festival do Arroz e da Lampreia fica enriquecido com mais esta componente pedagógica. Temos o compromisso de preservar e transformar o futuro e, por isso, é importante que os jovens defendam também a temática da água que é, cada vez mais, um bem escasso e precioso”.

Recorda-se que a iniciativa foi desenvolvida no âmbito da comemoração do Dia Mundial da Água, tendo contado ainda com uma banca que disponibilizou águas aromatizadas, um momento musical protagonizado por Guilherme Baptista e com a presença da mascote Gota.

Exames nacionais devem contar menos para acesso ao Superior

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A redução do peso dos exames nacionais no acesso ao Ensino Superior é uma das recomendações do Conselho Nacional de Educação (CNE), de acordo com um parecer deste órgão publicado hoje em Diário da República.

Considera o CNE que “estabelecer progressivamente a separação entre o ensino secundário e o ensino superior, através da redução do peso dos exames nacionais no processo de seleção e seriação dos candidatos”, permitirá “aliviar a pressão do sistema de acesso ao ensino superior sobre o funcionamento do ensino secundário”.

Na “recomendação sobre exames e acesso ao ensino superior”, o conselho defende ainda que a candidatura não tenha custos para os estudantes para que “todos tenham possibilidade de se candidatarem (…), independentemente das suas disponibilidades financeiras”.

Para o órgão independente de consulta sobre a política educativa, a responsabilidade das instituições do ensino superior (IES) pelo processo de acesso e entrada deve ser reforçada e incluir “a definição do perfil de competências para a seleção dos candidatos e a introdução de critérios e de instrumentos de seleção e seriação próprios, em função do perfil definido”.

O CNE assinala que o objetivo do documento “não é propor um qualquer cenário de acesso ao ensino superior”, mas apresentar “a diversidade de processos” existentes e aconselhar “com base na fundamentação teórica apresentada, nas perspetivas partilhadas por especialistas no processo de audições, na análise realizada e em recomendações já emitidas”.

“Integrar, de forma progressiva, para as diferentes vias de entrada no ensino superior (por ex. cursos científico-humanísticos ou cursos de dupla certificação), um modelo único de acesso”, é outras das recomendações do conselho, que considera que “a operacionalização deste modelo deverá ser ajustada e coerente com os currículos a que os estudantes foram sujeitos”.

De acordo com o CNE, “esta mudança poderá contribuir para a valorização social das diversas vias de entrada (…), bem como para uma maior adequação das práticas de avaliação do modelo de acesso” e, à medida que for sendo concretizada, os concursos especiais devem avançar no sentido do novo modelo geral de acesso.

Recomenda igualmente que a divulgação das regras de acesso ao superior seja assegurada pelas escolas secundárias e pelas IES, “de forma coordenada, alargada e atempada”, e que o modelo de acesso em vigor seja monitorizado, “procedendo-se a reajustes se necessário, de forma a assegurar a sua integridade e adequação”, bem como que seja determinado “um período de tempo a partir do qual se deverá proceder à sua revisão”.

Na introdução do documento, o conselho assinala que o acesso ao ensino superior tem uma “importância crucial para a definição de percursos e da vida dos jovens” e está ligado ao desenvolvimento do país e às necessidades da economia.

Hoje foi também publicada em Diário da República a portaria que aprova o Regulamento do Concurso Nacional de Acesso e Ingresso no Ensino Superior Público para a Matrícula e Inscrição no Ano Letivo de 2024-2025.

Caos em Lisboa. Imagens mostram ruas alagadas após chuva intensa

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A depressão Nelson está a afetar, esta quarta-feira, o estado do tempo em território continental.

Lisboa está a ser gravemente afetada pelo mau tempo que se faz sentir esta quarta-feira e as imagens falam por si.

Uma rua na zona de Alcântara está completamente alagada – conforme pode ver na galeria de imagens acima.

Nas redes sociais, os utilizadores já vão partilhando imagens do caos na capital portuguesa. Um vídeo, captado na Rua das Pretas, na freguesia de Santa Maria Maior, mostra um rio no meio da cidade. “Que vergonha”, lê-se na legenda da publicação.

Mundial FM contactou o Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa e o Comando Distrital de Operações de Socorro de Lisboa para obter mais informações mas, até ao momento, sem sucesso.

De recordar que a depressão Nelson, com impacto da Islândia até ao arquipélago da Madeira, está a afetar o estado do tempo em território continental.

“Prevê-se precipitação persistente, por vezes forte e acompanhada de trovoada, pelo menos até ao domingo de Páscoa. Essa precipitação será frequentemente sob a forma de neve nos pontos mais altos da Serra da Estrela e das serras do extremo Norte, podendo em alguns períodos baixar a cotas a rondar os 1.000 metros de altitude”, refere o IPMA.

O instituto prevê ainda temperaturas com valores “sem alteração significativa ao longo da semana”, apesar de uma variação na temperatura mínima esperada, que se espera que suba na quarta-feira e que volte a descer no dia 29, sexta-feira.

Municípios de Coimbra ponderam deixar de pagar resíduos à ERSUC

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Os municípios da Região de Coimbra ponderam deixar de pagar resíduos à ERSUC – Resíduos Sólidos do Centro, depois do acionista maioritário, detido pela Mota-Engil, ter aprovado uma distribuição de dois milhões de euros de dividendos numa empresa “fortemente endividada”.

Os municípios da Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra admitiram hoje, em nota de imprensa enviada à agência Lusa, deixar de pagar os serviços à ERSUC, em protesto contra as decisões do acionista maioritário da empresa, que presta serviços no âmbito dos resíduos sólidos no Centro Litoral do país, em vários concelhos dos distritos de Coimbra, Leiria e Aveiro.

Segundo a nota de imprensa da CIM da Região de Coimbra, em causa está a decisão da ERSUC de aprovar uma proposta de distribuição de cerca de dois milhões de euros pelos seus acionistas, decisão que contou com o voto contra “de todos os municípios presentes”, mas que foi aprovada pelo acionista maioritário, a Empresa Geral de Fomento (EGF), e a SUMA, ambas detidas pela Mota-Engil.

A proposta “mereceu o repúdio e voto contra de todos os municípios presentes”, salienta a CIM da Região de Coimbra, mas notou que foi aprovada pelos dois acionistas maioritários, que juntos detêm mais de 57% da empresa (EGF 51% e SUMA quase 6%).

“Estando a empresa fortemente endividada e a suportar custos financeiros muito elevados, na ordem dos 2,5 milhões de euros em 2023, esta decisão de distribuir dividendos pelos acionistas é irracional e contrária aos interesses da ERSUC, dos municípios e da população”, sublinhou a CIM da Região de Coimbra, realçando ainda que esta distribuição de dinheiro pelos acionistas surge depois de se terem registado aumentos de tarifas.

Os municípios da Região de Coimbra que integram a ERSUC reuniram na sexta-feira e consideraram a decisão tomada na assembleia geral da empresa “injustificada e irracional” e que irá “acarretar um impacto negativo significativo para os municípios e os cidadãos da região, refletido, a curto prazo, na tarifa”.

Na nota de imprensa, a CIM refere também “a aparente tranquilidade” da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), acusando-a de se remeter “a um silêncio ensurdecedor”, no que toca à ERSUC.

“De facto, pese embora esta entidade tenha assumido, há um ano, que iria realizar auditorias e fiscalizações à ERSUC, a verdade é que, decorrido todo este tempo, a CIM continua a aguardar pelos respetivos resultados e conclusões e pelas respostas solicitadas”, vinca.

Questionado pela agência Lusa, o presidente da CIM da Região de Coimbra, Emílio Torrão, realçou que haverá uma reunião em abril com o departamento jurídico para ser “tomada uma decisão séria” sobre a deliberação da assembleia geral da ERSUC.

“Queremos tomar uma posição drástica, que pode levar ao não pagamento de faturas”, disse, sublinhando que a atual estrutura “não serve os municípios”.

Segundo Emílio Torrão, os cidadãos estão “zangados” com os preços e serviço prestado pela ERSUC, mas as autarquias não têm, de momento, qualquer capacidade de decisão sobre o assunto.

A ERSUC abrange uma área com cerca de um milhão de habitantes e trata mais de 300 mil toneladas de resíduos por ano.

O sistema inclui municípios dos distritos de Aveiro, Coimbra e Leiria, que detêm participações minoritárias na empresa.

A ERSUC é controlada pela EGF, que, por sua vez, é detida pela SUMA Tratamento, cuja maioria do capital é da SUMA, do grupo Mota-Engli.

A agência Lusa tentou obter esclarecimentos adicionais junto da ERSUC, mas sem sucesso até ao momento.

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