Arquivos de Epstein revelam dezenas de figuras públicas mencionadas

Mais de 2 mil páginas de documentos judiciais relacionados a Jeffrey Epstein, o empresário norte-americano acusado de tráfico sexual, foram recentemente divulgadas por legisladores dos Estados Unidos. Entre os registos — que incluem e-mails e artigos — surgem referências a várias figuras públicas, abrangendo política, entretenimento e media.

Entre os nomes mencionados estão o príncipe André, Donald Trump, o ex-conselheiro de Trump Steve Bannon, e personalidades como Michael Wolff, Larry Summers, Kathryn Ruemmler, Peter Thiel, Noam Chomsky e Peggy Siegal. A presença destes nomes nos documentos não implica necessariamente envolvimento em qualquer crime.

Os documentos revelam, por exemplo, que Wolff trocou e-mails com Epstein oferecendo conselhos sobre Trump durante a campanha presidencial de 2015, enquanto Epstein mantinha contactos frequentes com Larry Summers e chegou a sugerir reuniões com personalidades influentes. Em correspondência com Ruemmler, antiga conselheira jurídica da Casa Branca, discutiu-se o pagamento de 130 mil dólares à atriz Stormy Daniels, antes das eleições de 2016.

Peter Thiel surge como convidado de Epstein para visitar a sua ilha no Caribe, enquanto Noam Chomsky manteve conversas com Epstein sobre assuntos académicos e pessoais. Peggy Siegal foi contactada pelo empresário para interceder junto de Ariana Huffington relativamente a acusações de Virginia Giuffre, uma das principais acusadoras de Epstein.

O príncipe André é mencionado em depoimentos de Johanna Sjoberg, que alega ter sido tocada de forma imprópria na residência de Epstein. O antigo Presidente dos EUA, Bill Clinton, surge mais de 70 vezes nos documentos, embora sem indícios de crime. Donald Trump e o ex-governador do Novo México Bill Richardson são igualmente referenciados, tal como Michael Jackson, Thomas Pritzker e o agente de modelos Jean-Luc Brunel, este último acusado de abuso sexual e suicidado em 2022 enquanto aguardava julgamento.

Os arquivos reforçam o alcance das ligações de Epstein, mas a mera menção de nomes não constitui prova de ilegalidade.

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