António Costa afirmou ontem em entrevista na TVI que o Governo ainda não decidiu, mas também não excluiu, a possibilidade de taxar os lucros de algumas empresas considerados excessivos.
Admitiu também que “é provável” que venha a haver apoios para ajudar as famílias que têm créditos à habitação, face à subida dos juros, mas disse ser necessário aguardar para ver se “as partes encontram soluções”, que podem passar por moratórias, renegociação de créditos ou até voltar a permitir a dedução em sede de IRS.
Anunciou ainda que, depois de o executivo ter aprovado “um pacote muito forte de apoio às famílias”, irá anunciar na próxima quinta-feira medidas para as empresas.
O primeiro-ministro rejeitou ter usado qualquer truque ao anunciar o aumento das pensões, entre este ano e o próximo, e disse que o Governo quis evitar um acréscimo de despesa permanente de dois mil milhões de euros e destacou que o Governo está a trabalhar com um referencial de inflação em 2022 de 7,4%, mas António Costa rejeitou um aumento dos salários da administração pública da mesma proporção:
O Chefe do Governo admitiu em entrevista da TVI e da CNN Portugal que o referencial para os aumentos será de 2%, em linha de conta com o que a União Europeia toma como ideal para não provocar uma espiral inflacionista, mas também terão em conta “a produtividade e o objetivo de aumentar o peso dos salários no produto”.