António Costa assinala 50 anos do fim do colonialismo em África, mas alerta para efeitos que persistem

O presidente do Conselho Europeu e ex-primeiro-ministro português, António Costa, assinalou esta segunda-feira, em Luanda, os 50 anos do fim das colónias europeias em África, destacando que, apesar do encerramento formal do colonialismo, os seus efeitos “ainda não terminaram”.

Falando na abertura da 7.ª Cimeira União Africana-União Europeia, Costa evocou a ligação histórica entre Portugal e países africanos como Angola, Cabo Verde, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau, lembrando que a independência destes territórios marcou o fim de um ciclo de 500 anos de colonialismo, cujo ponto mais dramático foi o comércio de escravos.

O responsável europeu sublinhou ainda a importância simbólica do momento, afirmando que a luta de libertação dos povos africanos acelerou a queda da ditadura em Portugal, permitindo ao país integrar a União Europeia.

António Costa apelou à colaboração entre Europa e África “pela paz e pela prosperidade através do multilateralismo” e destacou o 25.º aniversário da parceria estratégica entre os dois continentes, lançada na primeira cimeira no Cairo, que promove a relação em termos de igualdade, respeito e cooperação.

O presidente do Conselho Europeu salientou o papel da juventude africana como “um dos maiores trunfos para o futuro partilhado”, sublinhando que investir nos jovens de África é também investir no futuro da parceria entre os dois continentes, hoje “unidos por interesses comuns, prioridades e valores partilhados”.

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