A AHRESP revela que o setor da restauração perdeu 49 mil postos de trabalho no terceiro trimestre deste ano. 41% das empresas de Restauração e Similares ponderam ir para insolvência e 19% do Alojamento Turístico vai no mesmo sentido. Estas estimativas constam na carta aberta envida ao primeiro-ministro.
No mesmo documento, a AHRESP refere que as novas restrições adotadas para o 121 concelhos de risco, em particular o recolher obrigatório ao fim de semana a partir das 13 horas, irão agravar a situação e ameaçam muitas empresas.
De modo a que se “evitem insolvências em massa, com a consequente perda de milhares de postos de trabalho”, a AHRESP identificou no “Programa de Emergência – 10 medidas para evitar a destruição de empresas e do emprego”.
Entre elas destaca-se o financiamento a fundo perdido para micro, pequenas e médias empresas correspondendo a 50% da quebra de faturação registada; a extensão do ‘lay-off’ simplificado até 31 de dezembro de 2021, com a inclusão dos sócios-gerentes e isenção da TSU; redução temporária da taxa do IVA nos Serviços de Alimentação e Bebidas; isenção sobre as rendas de forma proporcional à quebra mensal de faturação; medidas excecionais para a animação noturna; implementação de novas moratórias fiscais e contributivas, bem como de todos os impostos e tributações devidos até 30 de setembro de 2021.
A AHRESP lembra, ainda, “que já este mês se inicia um período de grandes encargos para as empresas, com o pagamento de salários e subsídios de natal e o respetivo pagamento de impostos e de contribuições à segurança social”.