Já terminou a primeira sequência de ações de promoção da qualidade na apanha e fermentação do medronho, uma iniciativa dinamizada pelo Município de Pampilhosa da Serra em parceria com a Zona Agrária de Coimbra, destinada a produtores e potenciais interessados. 

O objetivo destas sessões, segundo Luís Estevão, técnico do Gabinete Florestal e Agricultura da Autarquia, passa por “explicar às pessoas e dar-lhes outra capacitação para melhorar a qualidade do produto final”, nomeadamente da aguardente, assim como para obter resultados mais eficazes no “rendimento”, que às vezes “acaba por não ser tão bom porque as pessoas não utilizam as melhores técnicas. 

A iniciativa pretende de igual modo dar a conhecer o conjunto de mecanismos de apoio à produção disponíveis, por vezes desconhecidos pelos produtores. “Há ajudas significativas ao investimento, na ordem dos 50 ou 60%, para novas plantações”, destacou João Gama, engenheiro na Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro, acrescentando que as “ajudas anuais são também muito interessantes”. “O medronheiro pode facilitar aos pequenos produtores conseguirem chegar à área mínima de agricultura, quando já têm algum olival ou horta, mas que não chega a 1 hectare”, constatou ainda João Gama. 

Apesar de a plantação de medronheiro ser uma prática ancestral no território, há ainda espaço para melhorar técnicas e processos, sendo que neste momento o concelho de Pampilhosa da Serra conta com mais de 100 hectares ocupados com esta espécie. “É uma cultura que ainda está em crescimento e há sempre lugar para novas plantações, até porque o fruto está a valorizar cada vez mais”, notou Luís Estevão. 

No dia 12 de outubro, nas Freguesias do Cabril e de Unhais-o-Velho, e no dia 19, nas Freguesias de Fajão-Vidual e Pessegueiro, serão retomas as sessões de esclarecimento.