Após terem testado positivo, e sem qualquer outro teste a ser realizado ou após 14 dias de cumprimento de isolamento profilático, os alunos regressam às escolas nacionais.
Não existe qualquer diretiva regional, mas sim, trata-se se uma regra instituída em todo o país e, devidamente protocolada.
A MundialFM, ouviu o Director do Centro Escolar de Vila Nova de Poiares, Eduardo Sequeira e o Delegado de Saúde Dr. Queimadela Baptista, a cerca do regresso, no inicio desta semana (11.01.2020), de alunos que testaram positivos e, sem qualquer teste regressam à escola passados 10 dias, e de alunos de o fazem após 14 dias depois de terem cumprido período de isolamento, por terem estado em contacto com um infetado.

Eduardo Sequeira referiu que “se trada de algo que está devidamente protocolado e que a escola em ligação direta com o delegado de saúde articula o regresso à escola dos alunos”, acrescentando ainda que “existe sempre a preocupação de salvaguarda total da comunidade escolar, da saúde e segurança”.

Já Queimadela Baptista, delegado de saúde de Vila Nova de Poiares, referiu que “o que está definido após um aluno ter testado positivo é o seu regresso à comunidade escolar, 10 dias após o inicio da infeção, dado que, nessa altura, mesmo ainda estando infetado, a sua carga viral já não resulta em transmissão ou infeção de qualquer pessoa que esteja em contacto”, não deixando e referir que “os que cumprem o período de isolamento profilático, por terem estado em contacto com uma pessoa infetada, fazem o seu regresso à comunidade após 14 dias, mesmo sem que seja obrigatório mas, por norma, realizando um teste de despistagem”.
Assim sendo, asseguram que se trata de um procedimento devidamente calculado e com plena garantia de que a comunidade escolar não corre qualquer perigo e, caso em algum momento isso representasse perigo de contágio, as crianças ou adolescente não regressariam.

Como se transmite?
Com base na evidência científica atual, o vírus que provoca a COVID-19 transmite-se principalmente através de:
Contacto direto:
disseminação de gotículas respiratórias produzidas quando por exemplo, uma pessoa infetada tosse, espirra ou fala, e podem ser inaladas ou pousar na boca, nariz ou olhos de pessoas que estão próximas (< 2 metros)
contacto indireto:
através do contacto das mãos com uma superfície ou objeto contaminado com o vírus e que, em seguida, contactam com a boca, nariz ou olhos
Em que fase do surto está Portugal?
Portugal está na fase de mitigação. Abaixo encontram-se as fases que existem durante um surto/epidemia/pandemia:
É importante existir o rastreio de contactos?
Sim. Apesar das medidas de confinamento estarem a ser levantadas progressivamente, o rastreio de contactos é o fator mais importante para se detetar, precocemente, os casos suspeitos e limitar a propagação da COVID-19.
Em que consiste o rastreio de contactos?
O rastreio de contactos consiste em três passos:
identificação de todas as pessoas (contactos) que estiveram potencialmente expostas a gotículas respiratórias ou secreções de um caso de COVID-19
avaliação dos contactos com estratificação de risco
implementação de medidas, incluindo o isolamento profilático e a vigilância regular de sintomas
Como se define um contacto?
Um contacto é uma pessoa que esteve exposta a um caso de COVID-19, ou a material biológico infetado com o vírus, dentro do período (período de transmissibilidade). O risco de contrair a infeção depende do nível de exposição, ou seja, os contactos com um caso de COVID-19 são classificados de acordo com o seu nível de exposição: de alto risco ou de baixo risco.
Quais são os procedimentos perante um caso suspeito?
Durante o período de identificação ou de vigilância de contactos a autoridade de saúde que deteta o aparecimento de sintomas compatível com a COVID-19 deve:
avaliar, por via telefónica, o caso suspeito e encaminhá-lo de acordo com a gravidade clínica
O caso suspeito deve:
realizar teste laboratorial, prescrito pela autoridade de saúde
ser vigiado pelas equipas do centro de saúde, se tiver sido encaminhado para autocuidados em isolamento no domicílio:
se o resultado do teste for positivo:
o seguimento clínico deve ser feito pelas equipas do centro de saúde, incluindo a investigação epidemiológica e o rastreio de contactos
se o resultado do teste for negativo:
mantém a vigilância e as medidas transmitidas pela autoridade de saúde. A sua situação clínica também pode ser avaliada e seguida pelo médico assistente.
O que é um contacto próximo?
Um contacto próximo pode ser considerado nas seguintes situações:
pessoa com exposição associada a cuidados de saúde, nomeadamente a prestação de cuidados diretos a doente com COVID-19 ou o contacto em ambiente laboratorial com amostras de COVID-19
contacto em proximidade ou em ambiente fechado com um doente com COVID-19
pessoas que viagem com doente com COVID-19:
companheiros de viagem
num avião: as pessoas que estão dois lugares à esquerda ou à direita do doente, 2 lugares nas duas filas consecutivas à frente do doente e dois lugares nas duas filas consecutivas atrás do doente e tripulantes de bordo que serviram a secção do doente
num navio: pessoas que partilharam a mesma cabine e tripulantes de bordo que serviram a cabine do doente
Existe mais do que um tipo de contacto próximo?
Sim. Os contactos próximos podem ser de dois tipos:
alto risco de exposição – são aqueles que estiveram em proximidade (até 2 metros) ou que ficaram em ambientes fechados durante 15 minutos e a menos de 2 metros com um doente com COVID-19
Estas pessoas ficam sujeitas a:
vigilância ativa, durante 14 dias desde a data da última exposição
determinação de isolamento profilático, no domicílio ou outro local definido pela autoridade de saúde
baixo de rico de exposição – são aqueles que tiveram contacto, frente a frente, com um caso de COVID-19 a uma distância de menos de 2 metros e durante 15 minutos
Estas pessoas ficam sujeitas a:
a vigilância passiva, ou seja, com acompanhamento diário de sintomas pelo próprio durante 14 dias desde a data da sua última exposição
A avaliação de risco é feita caso a caso pela autoridade de saúde (delegados de saúde).
O que devo fazer se estiver em vigilância ativa?
Se estiver em vigilância ativa, a autoridade de saúde pode:
contactá-lo, presencialmente ou por telefone, pelo menos uma vez por dia, para fazer o ponto de situação diário, relativamente aos seus sintomas
informá-lo dos procedimentos que terá de fazer e das medidas a tomar, para sua proteção e dos seus familiares
Além disso, deverá ainda:
medir a temperatura corporal duas vezes por dia
avaliar todos os dias os sintomas compatíveis com COVID-19 através da funcionalidade de auto-reporte, disponível no Registo de Saúde Eletrónico ou no portal COVID-19
cumprir rigorosamente as medidas de higiene das mãos e etiqueta respiratória
estar contactável
estar em isolamento obrigatório, mantendo-se em casa. Se precisar sair de casa, por motivos de força maior, deve, antes de o fazer, informar o profissional de saúde que o acompanha e seguir as recomendações
não usar transportes públicos coletivos ou individuais (ex.: táxi, metro, autocarro, comboio)
contactar a autoridade de saúde ou o SNS 24 – 808 24 24 24 se aparecerem sintomas compatíveis de COVID-19
O que devo fazer se estiver em vigilância passiva?
Se estiver em vigilância passiva, deve:
cumprir todas as recomendações e regras das autoridades de saúde
avaliar todos os dias os sintomas compatíveis com COVID-19 e registar no Registo de Saúde Eletrónico ou no portal COVID-19
medir a temperatura corporal duas vezes por dia
evitar o contacto social, não frequentar locais com ajuntamentos de pessoas
cumprir rigorosamente as medidas de prevenção:
distanciamento social
lavagem frequente das mãos
etiqueta respiratória
utilizar a máscara nos locais de uso obrigatório
no caso de ter sintomas (febre (temperatura ≥ 38.0ºC), tosse ou dificuldade respiratória), contactar o SNS 24 – 808 24 24 24
Já fui infetado pelo novo coronavírus. Posso voltar a ser infetado?
Sim. Contudo, a grande maioria das pessoas que já tiveram COVID-19 adquiriram proteção contra a doença. Presentemente, essa proteção aparenta durar pelo menos 3 ou 4 meses, mas só com o tempo se saberá por quanto tempo mais se prolonga. Serão necessários mais estudos e investigação para se apurar em concreto essa questão.
Quanto tempo o novo coronavírus sobrevive nas superfícies/objetos?
O vírus pode sobreviver em superfícies durante horas ou até dias se estas superfícies não forem limpas e desinfetadas com frequência.
O tempo que o vírus persiste nas superfícies pode variar sob diferentes condições, por exemplo:
o tipo de superfície
a temperatura
a humidade do ambiente
a carga viral inicial que originou a exposição
Estudos recentes mostram que o vírus que provoca a COVID-19 se pode manter ativo em superfícies como:
plástico ou metal, por um período máximo de cerca de 72 horas
em aerossóis, por um período máximo de 3h
mais porosas como cartão, por um período de 24h
Para que não haja acumulação de vírus nas superfícies deve, na sua casa ou em espaços públicos, limpar mais vezes as superfícies. Pode utilizar detergente e desinfetante comum de uso doméstico, por exemplo a lixívia ou o álcool.
Os animais domésticos podem transmitir o novo coronavírus?
Não. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, não há evidência de que os animais domésticos, tais como cães e gatos, tenham sido infetados e que, consequentemente, possam transmitir o novo coronavírus.
O novo coronavírus pode ser transmitido através de alimentos, incluindo os refrigerados e congelados?
Os coronavírus transmitem-se, geralmente, de pessoa para pessoa através de gotículas respiratórias. Atualmente, não há evidência que suporte a transmissão do novo coronavírus pelos alimentos. Antes de preparar ou consumir alimentos, é importante lavar sempre as mãos com água e sabão durante 20 segundos.
Como os coronavírus têm uma reduzida capacidade de sobrevivência em superfícies, o risco de transmissão por produtos alimentares ou embalagens, enviados num período de dias ou semanas à temperatura ambiente, refrigerada ou congelada, é reduzido.
As mulheres grávidas com COVID-19 podem transmitir o vírus ao feto ou ao recém-nascido (transmissão vertical)?
Ainda não se sabe se uma mulher grávida com COVID-19 pode transmitir o vírus que causa o COVID-19 ao feto ou ao recém-nascido por outras vias de transmissão vertical (antes, durante ou após o parto).
Tenho COVID-19, posso amamentar?
Pode. Não está demonstrado que o leite materno seja uma fonte de contaminação, pelo que, até ao momento, aconselha-se a continuação do aleitamento materno. A transmissão mãe-filho neste período, a acontecer, será muito provavelmente pelo contacto direto (proximidade física) da mãe com a criança e não através do leite.
É possível uma pessoa não estar infetada e ser transmissora?
Não, a pessoa tem de estar infetada para transmitir a infeção a outros. Estar infetado quer dizer que o vírus se multiplicou no organismo de uma pessoa podendo transmitir a infeção.
O clima influencia a COVID-19?
Ainda não é conhecido se o clima ou a temperatura afetam a propagação do COVID-19. Outros vírus, por exemplo os que causam gripe, têm uma maior propagação durante os meses mais frios. Contudo, isso não significa que não se fique doente devido a estes vírus durante os restantes meses.
De momento, não há evidência de que a propagação do novo coronavírus irá diminuir quando o clima ficar mais quente. Ainda ocorre investigação sobre o modo de transmissão, a gravidade e outras informações relacionadas com o novo coronavírus.
Fonte: Direção-Geral da Saúde (DGS)