Em tempos de “grande desafio e mais exigentes”, tomaram posse os novos membros dos órgãos sociais da Santa Casa da Misericórdia de Lamego que vão governar a maior instituição social do concelho nos próximos quatro anos. Além de António Carreira, que lidera a Mesa Administrativa, os restantes corpos gerentes continuam a ser presididos por Fernando Sousa (Assembleia Geral) e António Luís Araújo (Definitório/ Conselho Fiscal).
“Cabe-me a honra de liderar uma equipa composta por homens bons, de princípios e valores, com provas dadas na sociedade civil e nos diversos lugares por onde passaram ou nas profissões que desempenham ou desempenharam. Faço-o no cumprimento de um dever moral”, sublinhou o Provedor António Carreira na intervenção que proferiu na cerimónia de tomada de posse que juntou muitos Irmãos e funcionários no Salão Nobre da instituição, no qual os corpos gerentes prestaram o juramento compromissório.
Os novos corpos sociais mostram-se empenhados em consolidar a Misericórdia de Lamego como uma instituição de referência no setor social. A requalificação e aproveitamento das antigas instalações do Hospital de Lamego constitui o grande desafio do mandato que agora inicia. “Há uma parte do seu terreno que vai servir para a construção do Parque da Saúde o que poderá servir de âncora a algum investimento nessa área”, explica. Ao liderar um novo ciclo da multisecular existência desta Santa Casa, António Carreira também garante que, ao nível da política cultural, pretende “dar maior visibilidade à Igreja das Chagas e ao Museu” e continuar o compromisso de admitir novos Irmãos, “gente de bem que pode contribuir para o bem-estar dos que estão menos bem”.
Na hora de fazer um balanço de todo o trabalho realizado, elencou alguns dos objetivos alcançados nos últimos quatro anos: a reestruturação dos serviços da Santa Casa e das suas respostas sociais “em obediência aos princípios da qualidade e da humanização”; a alteração da estrutura organizacional dos recursos humanos, acompanhada pela “atualização dos salários todos os anos”; e a consolidação da situação financeira. “Nada se deve. As execuções orçamentais são melhores do que os orçamentos. Nestes quatro anos, investimos cerca de um milhão de euros em equipamento, obras e recursos materiais”, fundamenta, adiantando que foi alcançado, no final do mandato, um saldo de exercício com superavit.
Ao assumir pela segunda vez a liderança dos destinos de uma instituição de solidariedade que esteve sempre, desde a sua criação, na linha da frente no apoio social aos mais carenciados, António Carreira deixa uma garantia: “Estamos aqui para continuar um caminho iniciado há mais de 500 anos. O que a nós impomos é que os vindouros sintam orgulho, como hoje nós sentimos no trabalho daqueles que nos antecederam nestas funções”.