Três membros do conselho de administração da TAP receberam aumentos salariais enquanto a empresa desenhava um plano de reestruturação que incluía despedimentos e redução de ordenados. Entretanto, o presidente do conselho de administração, Miguel Frasquilho, já veio dizer que abdicava do seu aumento salarial.

Em entrevista à RTP, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, diz que não deveriam ter sido feitos aumentos de salários na administração da TAP:

Numa altura em que a empresa prepara uma reestruturação que faz cortar 25% nos salários e anuncia quatro mil despedimentos, o Presidente do Sindicato nacional do pessoal de voo, Henrique Louro Martins disse ao canal público que lamenta que o exemplo não venha de cima:

Ao mesmo canal, o Sindicato da Aviação e Aeroportos, José Sousa, admite que esta notícia caiu mal:

Recorde-se que o Plano de Reestruturação da TAP foi entregue a Bruxelas no início deste mês e prevê uma redução da massa salarial do grupo em 250 a 300 milhões de euros por ano.

No documento está ainda prevista redução da frota da companhia de 108 para 88 aeronaves, assim como a diminuição do número de funcionários.

O plano entregue à Comissão Europeia inclui também o despedimento de 500 pilotos, 750 tripulantes de cabine, 450 trabalhadores da manutenção e engenharia e 250 das restantes áreas.