O Anozero – Bienal de Coimbra venceu ontem, dia 22 de outubro, na categoria «Fruição e Mediação», o prémio de reconhecimento atribuído pelo Plano Nacional das Artes (PNA).
 
Os prémios foram anunciados em Lisboa, no Centro Cultural de Belém, no âmbito da apresentação da estratégia do PNA 2024–2029. Os galardões reconhecem, de acordo com os comissários — Paulo Pires do Vale e Sara Barriga Brighenti — «parceiros e figuras, individuais ou coletivas, relevantes na concretização dos objetivos propostos no quadro de ação da PNA nas áreas da Cultura e Educação».
 
O Programa Educativo da Bienal desenvolve-se em paralelo com os outros eixos do Anozero. Na edição de 2024, envolveu quase 3500 pessoas que participaram em 211 ações realizadas. Destacam-se a visita de artistas da Bienal a escolas, sessões de cinema, preparação de um podcast, além das visitas mediadas aos espaços onde decorreu a Bienal. A metodologia de mediação, diferentemente das visitas guiadas, «pretende desenvolver a autonomia dos estudantes, professores e visitantes, construindo uma perceção crítica e de compreensão da arte contemporânea», nas palavras de Jorge Cabrera, coordenador do Programa Educativo.
 
O trabalho desenvolveu-se com 18 escolas do ensino básico e secundário, sete instituições de ensino superior, além de outros grupos, incluindo visitas vindas da Áustria e da Alemanha.
 
Para Carlos Antunes, diretor do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, a atribuição deste prémio é o reconhecimento da inscrição progressiva da bienal no território, visível na crescente adesão da cidade às iniciativas do anozero. Nessa medida, a bienal é um território de esperança para Coimbra.
 
Sublinham-se ainda os workshops e experiências criativas em que participaram 192 pessoas interessadas pela qualificação em arte contemporânea, nomeadamente professores, entre abril e junho deste ano.
 
Na categoria «Fruição e Mediação» estavam nomeados, para além da Anozero/Bienal de Coimbra, os projetos «Arquipélago» (Ribeira Grande), «DST Group» (Braga), «Fundação Eugénio de Almeida (Évora) e «Indie Júnior» (Porto e Lisboa).
 
Além desta categoria, foram também distinguidos projetos nas áreas «Arte e Vida», «Território e Democracia Cultural e Indisciplinar a Escola».
 
Estiveram presentes na sessão representantes das entidades que organizam a Bienal de Coimbra: o Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, a Câmara Municipal de Coimbra e a Universidade de Coimbra.