A candidatura conjunta da Câmara Municipal (CM) de Coimbra, da Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra (APBC) e da CoimbraMaisFuturo à linha de financiamento “Bairros Comerciais Digitais” (do Plano de Recuperação e Resiliência – PRR), foi aprovada. Com o nome @Baixa Coimbra, a candidatura contempla um investimento elegível no montante de 1,236 M€, o terceiro maior aprovado a nível nacional.

Foram apresentadas 160 candidaturas, com um montante global de investimento superior a 178 milhões de euros (M€) englobando mais de 43 mil estabelecimentos do comércio e serviços, localizados em 143 concelhos. Destas, foram selecionadas 65, entre as quais está a de Coimbra (em 41º lugar), havendo ainda 30 que foram consideradas elegíveis, mas que se encontram condicionadas a eventual reforço de dotação orçamental. 

As 65 candidaturas aprovadas contemplam um financiamento de 52.319.205,71 €, cabendo a Coimbra um montante elegível de 1.236.105,03 €, o terceiro maior a nível nacional, logo depois de Braga (1.287.059,26 €) e Setúbal (1.272.256,95 €). 

“Este é mais um importante e feliz passo para consolidar o trabalho de revivificação da Baixa de Coimbra que temos vindo a promover”, denota o presidente da CM de Coimbra. José Manuel Silva acrescenta ainda que o projeto @Baixa Coimbra, que começará de imediato a ser implementado, “vai funcionar como acelerador do Plano Marshall, a decorrer desde que assumimos funções, e que visa impulsionar e promover a recuperação desta nobre zona da cidade”.  

“É com o maior orgulho que podemos dizer que somos um dos Bairros Comerciais Digitais de Portugal”, afirma o vereador da Economia da CM Coimbra, Miguel Fonseca, considerando que esta aprovação “dará um contributo decisivo para a transformação do centro histórico da cidade, necessário há tantos anos”.   

O projeto @Baixa Coimbra prevê a utilização de ferramentas digitais para gerar uma nova forma de relacionamento entre os comerciantes, os consumidores e o espaço público, contemplando, ainda, a criação de uma identidade visual comum. Vai transformar a Baixa da cidade num verdadeiro centro comercial ao ar livre, mas também online, conectado e adaptado às novas tendências de consumo, onde os clientes poderão fazer as suas compras e usufruir do espaço. 

A Baixa da cidade foi a área que o consórcio delimitou geograficamente para a implementação deste projeto, tendo em conta a forte densidade de espaços comerciais e de prestação de serviços que a caracteriza (836 estabelecimentos numa área de 24,5 hectares). À semelhança de todas as candidaturas aprovadas, a de Coimbra foi submetida em consórcio liderado pela autarquia e que integrou também a APBC e a associação de desenvolvimento local CoimbraMaisFuturo. 

O projeto agora aprovado desenvolve um plano que procura dar resposta às principais fragilidades e problemas identificados na Baixa de Coimbra, através de oito eixos de intervenção: @Baixa Conectada, @Baixa Atrativa, @Baixa Inteligente, @Baixa Colaborativa, @Baixa Capacitada, @Baixa Sustentável, @Baixa Dinâmica e @Baixa Coesa, num total de 46 ações. O projeto pretende capacitar os comerciantes da Baixa para outras formas de venda para além da física (em loja), nomeadamente a digital e a híbrida (que conjuga as duas), promovendo e potenciando os seus negócios.

A par do desenvolvimento da cultura de Bairro e do destaque dado ao património e às indústrias criativas, no @Baixa Coimbra está prevista a introdução de mobiliário urbano inteligente, como mupis, bancos com tecnologia para carregar telemóveis, painéis informativos para visualizar, em tempo real, os lugares de estacionamento existentes.  O investimento em sistemas de informação digital e realidade aumentada, a operacionalização de uma Plataforma de Gestão Inteligente de apoio à tomada de decisão e monitorização da área de abrangência, na qual a sustentabilidade ganha lugar de destaque estão também contemplados. 

A aprovação deste projeto, que deverá estar implementado até final de 2025, é uma oportunidade para Coimbra impulsionar o crescimento económico, promover a proximidade e a coesão territorial, bem como a digitalização dos operadores económicos e dos seus modelos de negócio, o comércio em linha e a integração digital das cadeias de abastecimento e escoamento.