Foi hoje assinado, no Salão Nobre da Câmara Municipal, o auto de consignação da empreitada de requalificação da 1ª fase da Estrada Nacional 344, a principal porta de entrada para o concelho de Pampilhosa da Serra.
O troço a intervencionar da EN344, estende-se ao longo de cerca de 7,7 quilómetros, entre a Vila de Pampilhosa da Serra e o cruzamento para a aldeia de Maria Gomes, numa empreitada adjudicada por 11.882.355,29€, pela Infraestruturas de Portugal à empresa JJR & Filhos SA, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência.
Este é uma obra há muito deseja pela autarquia e pela população, sendo que após forte insistência junto do poder central, começou a ganhar contornos de realidade após a assinatura do primeiro acordo de gestão entre o Município e a IP, em abril de 2018. A assinatura deste acordo permitiu à Câmara Municipal “assumir alguns compromissos, nomeadamente a realização do projeto”, que possibilitou o acesso a financiamento e consequente viabilização da obra, contextualizou Jorge Custódio, expressando ainda que esta “não é apenas mais uma estrada” e tem “verdadeiramente o nome coesão”.
“Não podemos achar que uma estrada que serve menos habitantes não é tão prioritária como outras”, frisou o Presidente da Câmara Municipal”, acrescentando que para o interior ter mais pessoas “alguma coisa tem que começar primeiro” e a “parte pública que diz respeito às infraestruturas” é determinante. No dia que marcou o arranque da requalificação da primeira fase, Jorge Custódio recordou que a “Câmara Municipal continua a fazer o trabalho de casa”, pelo que já concretizou um novo protocolo com a Infraestruturas de Portugal, em que “a Câmara se disponibilizou mais uma vez a fazer o projeto para a segunda fase”.
Na apresentação da obra, a cargo do Presidente do Conselho de Administração da IP, Miguel Cruz, foi anunciado que, num prazo de execução de 420 dias, está prevista uma alteração significativa das caraterísticas geométricas da estrada existente, bem como o alargamento da plataforma rodoviária, melhorando a velocidade de circulação e os índices de segurança. A intervenção prevê ainda a realização de trabalhos de terraplenagem, reforço e melhoria do sistema de drenagem, reabilitação funcional do pavimento e substituição/adaptação dos equipamentos de sinalização e segurança.
O momento de assinatura do auto de consignação contou com a presença do Secretário de Estado das Infraestruturas, Frederico Francisco, que disse estar a testemunhar o “cumprir de um compromisso que foi assumido”, sensivelmente após os incêndios de 2017. “Estes territórios que estão longe das autoestradas e dos caminhos de ferro precisam de atenção”, apontou o Secretário de Estado, reconhecendo que a rede rodoviária do país é “sobredimensionada” e “desequilibrada”. “O PRR surge como uma oportunidade muito importante. Dá-nos a possibilidade de incluir projetos de pequena e média dimensão para desconstruir assimetrias”, explicou Frederico Francisco. “Se no passado nos focámos muito na mobilidade, no presente e no futuro temos de nos focar muito mais na acessibilidade”, concluiu o Secretário de Estado.