Os médicos cumprem, esta quinta-feira o segundo e último dia da greve convocada pela Federação Nacional dos Médicos. A estrutura apontou para uma adesão de 90 por cento, a nível nacional, no primeiro dia desta paralisação por salários dignos, horários justos e condições de trabalho capazes de garantir um Serviço Nacional de Saúde à altura das necessidades.

Ouvida, esta quinta-feira, pela Antena 1, a presidente da FNAM, Joana Bordalo e Sá, adiantou que está a ser preparada uma nova proposta para entregar ao Governo:

De recordar que, ontem, o vice-presidente da FNAM, João Proença, admitiu, à RTP, que a estrutura sindical poderia avançar com novas greves em agosto, durante a Jornada Mundial da Juventude:

Também na quarta-feira, em Aveiro, o primeiro-ministro, António Costa, afirmou que a prioridade da atual legislatura é melhorar a eficiência do Serviço Nacional de Saúde, incluindo a valorização da carreira médica:

Refira-se que estão agendadas duas reuniões negociais com o Ministério da Saúde, para 7 e 11 de julho. Ainda assim, a FNAM optou por manter a greve, invocando o adiar constante das soluções e o que considera ser uma proposta insatisfatória por parte da tutela. De salientar também que o Sindicato Independente dos Médicos anunciou, na semana passada, uma greve para os dias 25, 26 e 27 de julho, denunciando a incapacidade do Governo para apresentar uma grelha salarial condigna.