O Governo apresenta, esta segunda-feira, em Manteigas, no distrito da Guarda, o dispositivo de combate a incêndios para este ano, que vai envolver 13.891 operacionais nos meses mais críticos.

Segundo o Ministério da Administração Interna, o dispositivo terrestre contará ainda com 2.990 viaturas durante o período de maior empenhamento de meios, entre 1 de julho e 30 de setembro.

Em relação aos meios aéreos, estão assegurados 60, mas podem chegar aos 72, como adiantou, à RTP, a secretária de Estado da Proteção Civil:

Patrícia Gaspar avisa que este verão vai ser tão ou mais difícil que o do ano passado, em matéria de incêndios:

A situação de seca agravou-se no mês de março, sobretudo na região sul, com o último boletim climatológico do Instituto Português do Mar e da Atmosfera a revelar que cerca de metade do território do continente está em seca meteorológica.

No entanto, a região norte também não escapa ao fenómeno da seca, como adianta o climatologista do IPMA, Ricardo Deus:

No dia em que é apresentado, em Manteigas, o dispositivo de combate a incêndios para este ano, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera colocou 22 concelhos dos distritos de Faro, Portalegre, Santarém e Castelo Branco em risco máximo de incêndio.

Em risco muito elevado estão mais de 50 concelhos de Faro, Beja, Évora, Portalegre, Castelo Branco, Santarém, Leiria, Coimbra, Guarda, Viseu, Vila Real e Bragança. No distrito de Coimbra, os municípios em risco muito elevado de incêndio são Oliveira do Hospital e Penela. Os restantes apresentam risco elevado, à exceção de Montemor-o-Velho e Vila Nova de Poiares, que estão em risco moderado de incêndio.