A época considerada mais crítica de incêndios rurais e a que mobiliza o maior número de meios de combate termina esta sexta-feira, com registo de quase 110 mil hectares de floresta ardida. Trata-se do valor mais elevado desde 2017 e o sexto valor mais elevado em número de incêndios.
Nos últimos três meses, o dispositivo esteve na sua capacidade máxima, com 12.917 operacionais, 3.062 equipas, 2.833 veículos e 60 meios aéreos.
Durante esta época, arderam milhares de hectares, nomeadamente na região da Serra da Estrela, um incêndio que durou 11 dias em agosto e consumiu mais de 28 mil hectares, dos quais cerca de 22 mil só no parque natural.
O incêndio na Serra da Estrela é já considerado o pior que o país enfrentou nos últimos cinco anos, mas este verão registaram-se ainda outros grande fogos que duraram dias e consumiram igualmente milhares de hectares e provocaram prejuízos avultados, como o de Murça (Vila Real) e de Pombal (Leiria).
Este verão fica também marcado pela morte de quatro pessoas, um piloto de um avião de combate a incêndio, um casal de idosos que fugia das chamas e teve um acidente de carro, acabando carbonizado em Murça, um bombeiro de Óbidos que morreu por doença súbita durante o combate ao incêndio.
Dar nota de que, este ano, foram detidas 151 pessoas pelo crime de incêndio florestal, mais do dobro do que em 2021, 70 das quais pela Guarda Nacional Republicana e 81 pela Polícia Judiciária.