Das peças de Helena Almeida ao verso de Al Berto nasceu “Que te seja leve o peso das estrelas”, título da mais recente exposição do Centro de Arte Contemporânea de Coimbra (CACC), com inauguração oficial marcada para amanhã, dia 30 de setembro, às 18h30, com a presença do ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, do presidente da Câmara Municipal (CM) de Coimbra, José Manuel Silva, e do curador do CACC, José Maçãs de Carvalho.
A CM de Coimbra inaugura, na sexta-feira, dia 30 de setembro, às 18h30, a exposição “Que te seja leve o peso das estrelas”, no CACC, uma exposição que reúne um conjunto de prestigiados artistas. Já a abertura ao público da exposição é no sábado, dia 01 de outubro, com direito a uma visita guiada à exposição pelo curador José Maçãs de Carvalho.
“A exposição ganhou forma a partir da presença de um número significativo de peças de Helena Almeida detetadas na investigação às obras desta coleção privada e que, desde logo, poderiam entrar em relação com outras obras da autora na Coleção de Arte Contemporânea do Estado. Será a obra desta artista que marca as ideias centrais da exposição: o lugar/casa, o processo criativo e o corpo como intermediário”, explica José Maçãs de carvalho, curador da exposição que, além de obras de Helena Almeida, integra peças da Coleção de Arte Contemporânea da CM de Coimbra e da Coleção de Arte Contemporânea do Estado em depósito no CACC.
“Que te seja leve o peso das estrelas” pode ser vista até dia 22 de janeiro do próximo ano, no horário habitual do Centro de Arte Contemporânea de Coimbra (de terça a sexta-feira, das 10h00 às 18h00; ao sábado e ao domingo, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00, encerrando à segunda-feira e feriados). Ainda no primeiro sábado da exposição, dia 01 de outubro, às 15h30, José Maçãs de Carvalho fará uma visita guiada à exposição, que requer inscrição através do telefone 239 828 052 ou do e-mail centroartecontemporanea@cm-coimbra.pt.
Além de obras de Helena Almeida, a exposição reúne em diálogo trabalhos de Adrian Ghenie, Carla Cabanas, Jake Wood-Evans, Jorge Molder, Julião Sarmento, Lourdes Castro, Markus Oehlen, Muntean&Rosenblum, Noé Sendas, Rui Chafes e Teresa Murta.
“Reunimos obras com uma expressividade expectante que, por vezes, nos parecem ainda em processo, inacabadas na sua narratividade, plenas de manchas disformes ou geometrias corporais”, adianta José Maçãs de Carvalho, sublinhando que, formalmente, muitas das obras “contêm uma certa ambiguidade em relação à pureza dos géneros: a fotografia parece documento de performance, o desenho parece fotografia, a fotografia é pintada e a escultura podia ser pintura ou desenho”. Em comum, a mesma ideia central: “casa, ou melhor, a forma como a ideia de habitar pode ser projetada em outros lugares, como o atelier do artista; o atelier como lugar onde se manifesta a transformação e a mudança, da ideia à forma ou à metamorfose”, explica o curador.
“Será, então, a partir de uma atmosfera processual e de uma vontade de pertença ao lugar da criação que surgem muitas das obras presentes, nas quais o corpo é matéria primordial”, refere José Maçãs de Carvalho. Corpo esse que também é matéria primeira para Al Berto, nascido em Coimbra, a quem se “pediu por empréstimo” o título para esta exposição: “corpo/que te seja leve o peso das estrelas/e de tua boca irrompa a inocência nua/dum lírio cujo caule se estende e/ramifica para lá dos alicerces da casa (…)”, assim começa “Corpo” de Al Berto, para terminar “(…) sei que estou vivo/ sou o centro sísmico do mundo”.
A exposição estará patente até dia 22 de janeiro de 2023, de terça a sexta-feira, das 10h00 às 18h00, ao sábado e domingo, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00, encerrando à segunda-feira e nos feriados.