O Governo decretou o recolher obrigatório a partir da uma da tarde, nos dois próximos fins de semana. A restauração e o comércio são os setores que mais vão sofrer com as novas medidas impostas pelo estado de emergência.
As conclusões de um inquérito da PRO.VAR revelam que “90,1% dos restaurantes apresentam agora perdas superiores a 50% da faturação e quase metade dos restaurantes sentem perdas superiores a 90% da faturação homóloga”.
Perante estes dados e face às novas medidas adotadas pelo Governo, Daniel Serra refere que a Associação Nacional de Restaurantes vai pedir a criação de um gabinete de crise:
O presidente da Confederação do Comércio Português, João Vieira Lopes, diz ter receio que a baixa de negócios conduza ao desemprego:
Com o recolher obrigatório nos próximos dois fins de semana nos 121 concelhos de risco do país, também os centros comerciais ficam com uma margem reduzida para poderem funcionar.
O Presidente da Associação Portuguesa de Centros Comerciais, António Sampaio de Mattos, diz que vão pedir um ajuste no horário:
Perante as novas restrições, a ministra da Presidência explica que no sábado e no domingo, mesmo durante o período do recolher obrigatório, os cidadãos podem ir ao supermercado, comprar bens essenciais:
Mariana Vieira da Silva adianta à Antena 1 que, no próximo fim de semana, os restaurantes só podem estar abertos para preparar refeições para fora.
Quanto aos hotéis, podem continuar a receber hóspedes:
A secretária-geral da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares, Ana Jacinto, considera que as restrições adotadas pelo Governo representam a machadada final nestes negócios:
O estado de emergência entrou hoje em vigor. O Governo decretou o recolher obrigatório a partir da uma da tarde, nos dois próximos fins de semana. As associações representativas dos setores da restauração, hotelaria e do comércio, bem como os empresários têm receio das consequências que estas medidas podem acarretar para estes setores.