Com as reservas de água no solo abaixo dos 20%, seis grandes albufeiras do Norte em estado crítico e níveis das bacias dos rios inferiores a 50%, Portugal atravessa a maior seca deste século.
Para ajudar neste momento de emergência, o executivo de António Costa atribuiu a sete municípios transmontanos 1,3 milhões de euros de quatro milhões destinados a todo o país, para financiar medidas de combate à seca.
Os beneficiados em Trás-os-Montes são os municípios de Carrazeda de Ansiães, Bragança, Macedo de Cavaleiros, Alfândega da Fé, Mogadouro e Vimioso, no distrito de Bragança, e Alijó, no distrito de Vila Real.
Aos jornalistas, o vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Pimenta Machado, sublinha que este é o ano mais seco:
O secretário de Estado da Conservação da Natureza e das Florestas, João Paulo Catarino, disse que as questões estruturais estão a ser tratadas:
Mas não é só o norte do país que está com falta de água. A seca atravessa, sem exceção, todo país. Mais de 20 municípios têm recorrido a camiões cisterna para abastecer dezenas de localidades e há multas pesadas para quem use água pública para regar jardins ou hortas.
Em zonas críticas como Mangualde, Manteigas, São Pedro do Sul, Tabuaço e Vale de Cambra, já se pondera cortar o abastecimento durante a noite.
Em declarações à SIC Notícias, o presidente da Câmara de São João da Pesqueira, Manuel Cordeiro, admitiu que, se não chover, em meados de setembro não haverá água para consumo humano:
Perante a grave situação de seca, há municípios que já proibiram a utilização de água da rede para a rega de jardins e hortas, lavagem de passeios, pátios e espaços públicos.