A Câmara Municipal (CM) de Coimbra aprovou, na sua reunião, uma proposta para a atribuição de apoios financeiros no valor total de 484.750 euros a 82 associações culturais que se candidataram ao “Apoio Financeiro Municipal ao Associativismo Cultural para Atividade Permanente para 2022 – Associativismo Cultural Geral”.
Com a finalidade de dotar as associações culturais das condições necessárias ao normal desenvolvimento das suas atividades, a CM Coimbra vai apoiar a atividade de 82 associações do concelho, que foram contempladas depois de cumpridos os prazos e analisadas as candidaturas ao “Apoio Financeiro Municipal à Atividade Permanente para 2022 – Associativismo Cultural Geral”.
O apoio financeiro global traduz-se em 484.750 euros. Foram validadas 31 candidaturas na área da música (193.250 euros), quatro na área da dança (13.000 euros), 12 na área da etnografia e folclore (27.750 mil euros), cinco na área do teatro (68.000 euros), duas no cinema e audiovisual (30.000 euros), duas na área das artes plásticas e visuais (68.500 euros), 16 na área de cultura e recreio (42.500 euros) e 10 são outras associações cujas atividades evidenciam interesse cultural (41.750 euros).
Em termos de montante financeiro para este ano, todas as áreas artísticas apresentam um aumento do apoio atribuído quando comparado com o valor total fixado em 2021. Os incrementos setoriais mais significativos em 2022 registam-se nas áreas da música (28.000 euros), do cinema e audiovisual (15.000 euros), da cultura e recreio (14.250 euros) e do teatro (13.000 euros).
Em síntese: de 2021 para 2022, há, assim, um aumento efetivo de 101.000 euros (ou seja, de 26,32%) do apoio financeiro municipal à atividade permanente do associativismo cultural geral, passando-se de um montante global de 383.750 euros em 2021 para um valor total muito perto do meio milhão de euros, mais concretamente de 484.750 euros, em 2022.
Não obstante a atual conjuntura exigente e restritiva, e a permanência ainda dos efeitos da pandemia Covid-19, o atual Executivo da Câmara Municipal considera “absolutamente prioritário” o apoio à atividade permanente das estruturas associativas, garantindo, de modo realista, sensato e rigoroso, condições para a continuidade e estabilidade do seu funcionamento regular. Deste modo, e numa lógica transversal, pretende-se garantir a prossecução dos principais projetos e dinâmicas deste universo de entidades, as quais são essenciais para um harmonioso desenvolvimento sociocultural do concelho.
Na reunião de Câmara de hoje foi ainda frisado, pelo presidente da autarquia, José Manuel Silva, que no âmbito da redefinição, em curso, de toda a política cultural da autarquia e da apresentação de uma nova estratégia para a cultura em outubro deste ano, será realizada, ainda este ano, uma revisão crítica do regulamento do apoio financeiro municipal à atividade permanente (associativismo cultural geral); haverá uma reflexão sobre a questão do apoio financeiro municipal à atividade pontual (associativismo cultural geral), no sentido de se propor uma nova abordagem a este nível; e vai se proceder a uma revisão dos vários e diversos protocolos existentes com as entidades gestoras de equipamentos culturais municipais.
“Após apreciação dos documentos submetidos, a grelha de avaliação elaborada pelos serviços municipais de cultura foi remetida a cada uma das entidades para, caso assim entendessem, se pronunciarem sobre qualquer das questões com interesse para a decisão”, salienta a informação dos serviços municipais, informando ainda que se pronunciaram 16 entidades, “das quais 13 confirmaram a boa receção do documento, aceitando a avaliação efetuada pelos serviços municipais e as restantes três contestaram alguns aspetos da avaliação”. Depois da análise da pronúncia das entidades, os serviços municipais responderam às questões levantadas, “procedendo às devidas alterações, com subida da pontuação e do montante de apoio financeiro nas candidaturas de duas das entidades, mantendo a avaliação e o montante de apoio financeiro inicialmente produzidos na restante”.