Os bares e discotecas que mudaram de atividade, funcionando como pastelarias e cafés, estão com quebras de 75% na faturação. A Associação Portuguesa de Bares, Discotecas e Animadores alerta que o setor está em risco de desaparecer.

No final de julho, o Executivo de António Costa deu permissão para que os espaços de diversão noturna pudessem voltar a reabrir portas, como “pastelarias ou cafés”. O objetivo é fazer com que estes estabelecimentos gerarem receitas com outras atividades, numa altura em que a respetiva atividade principal está totalmente condicionada por causa do novo coronavírus.

Tanto os bares e discotecas que continuem encerrados por imposição legal, como aqueles que abram portas como “cafés ou pastelarias”, podem recorrer ao ‘lay-off’ simplificado, que permite suspender os contratos de trabalho ou reduzir os horários dos trabalhadores, que recebem, pelo menos, dois terços do seu salário. Os empregadores recebem, também nesse âmbito, um apoio para o pagamento das remunerações.

No entanto, em declarações aos jornal ECO, o responsável da associação diz que grande parte dos empresários não tiveram “sucesso” na solicitação dos apoios, pela “burocracia no acesso às linhas de crédito”, mas também pelo facto de os apoios aos sócios gerentes e trabalhadores não serem “adequados às quebras abruptas de faturação”.

Entre as várias soluções apresentadas por Hugo Cardoso estão a “suspensão de planos de planos de pagamentos fiscais, redução das taxas de IVA, isenção das TSU, incentivos a fundo perdido”, bem como “apoios para pagamento das rendas”.