No final de abril, 1.299.376 portugueses não tinha médico de família, um número superior ao de 2015. Na altura, cerca de 1.045.000 portugueses não tinha clínico assistente nos centros de saúde.
De acordo com o Jornal ‘Público’, a situação poderá ter sido agravada por vários fatores, nomeadamente as aposentações dos clínicos, a incapacidade de reter jovens especialistas e o aumento do número de inscritos nos centros de saúde.
Anualmente, são formados entre 400 a 500 médicos de família. Neste momento, a taxa de retenção está na ordem dos 60 a 70%. Isto significa que, do total de médicos recém-formados, apenas 300 a 350 vão para o Serviço Nacional de Saúde.
Só este ano mil médicos atingem a idade da reforma e prevê-se que 400 médicos podem reformar-se em 2023 e quase 300 em 2024.