Portugal registou, nas últimas 24 horas, mais 21 mortos relacionados com a Covid-19 e 2.608 novos casos de infeção com o novo coronavírus, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde, divulgado ao início da tarde. É o maior número de mortes desde fim de abril e o terceiro dia consecutivo em que o país tem mais de dois mil novos casos.

Relativamente aos internamentos, o boletim revela que nas últimas 24 horas há mais 22 pessoas hospitalizadas, totalizando 1.015, das quais 144 em cuidados intensivos, mais 5 em relação a quinta-feira. Nas últimas 24 horas, houve 985 doentes recuperados, totalizando 56.066 desde o início da pandemia.

Na conferência de imprensa desta sexta-feira, o secretário de Estado da Saúde revelou os últimos dados relativos à aplicação Stayaway Covid, acrescentando que o Governo vai esperar pela decisão da Assembleia da República, relativamente à polémica proposta de tornar obrigatório o seu uso:

Relativamente à complementaridade que os setores privado e social podem trazer no combate à pandemia, Diogo Serras Lopes diz que o foco do Governo é o Serviço Nacional de Saúde, mas não descarta a intervenção dos privados:

Confrontada pelos jornalistas com as declarações do presidente da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública, relativamente à falta de recursos humanos nalguns hospitais, a diretora-geral da Saúde revelou que as equipas de saúde pública vão ser reforçadas:

Graça Freitas abordou também os próximos dois grandes eventos desportivos, o Grande Prémio de Fórmula 1 e o Campeonato do Mundo de MotoGP, que vão decorrer em Portimão, no Algarve, para dizer que a realização das provas com público depende de vários fatores:

Desde o início da pandemia, Portugal já registou 2.149 mortes e 95.902 casos de infeção, estando ativos 37.697 casos, mais 1.602 do que na quinta-feira.

Ora, com o crescente aumento do número de infetados, o Primeiro-Ministro diz que as medidas apresentadas são necessárias, para evitar que a situação piore no futuro.

Em Bruxelas, onde entregou o Plano de Recuperação e Resiliência à Comissão Europeia, António Costa disse que, apesar de também ter dúvidas relativamente à obrigação do uso da aplicação Stayaway Covid, o benefício pode ser superior ao custo:

O Chefe do Governo diz ainda que a intenção não é andar a fiscalizar telemóveis:

Recorde-se que o Presidente da República afirmou, esta quinta-feira, que vai aguardar pela decisão do Parlamento, quer sobre o uso obrigatório de máscara na rua, quer sobre a polémica suscitada em torno da aplicação StayAway Covid.

Se alguma das decisões levantar dúvidas, Marcelo Rebelo de Sousa garante que não terá problemas em enviar o decreto para o Tribunal Constitucional:

As propostas sobre o uso obrigatório de máscara na rua e da aplicação deverão ser discutidas e votadas dia 23.