Primeira parte diabólica dos dragões deixou as águias em total colapso. Evanílson marcou dois dos três golos, mas acabou expulso ainda antes do intervalo. Benfica sem poder de fogo para discutir a eliminatória. Dentro de uma semana há novo Clássico.
O FC Porto recebeu e venceu, de forma categórica, o Benfica (3-0), na noite desta quinta-feira e carimbou a passagem aos quartos de final da Taça de Portugal. Os dragões até jogaram toda a segunda parte com menos um jogador, por conta da expulsão de Evanílson antes do intervalo, mas as águias compareceram no Dragão sem argumentos para lutar pelo resultado, assinando uma exibição abaixo do razoável.
Evanílson, em dose dupla, e Vitinha foram os autores do Clássico no Dragão, que terá nova edição daqui a precisamente uma… semana.
O FC Porto fecha, assim, o lote de equipas qualificadas para a fase seguinte da prova rainha, juntando-se a Tondela, Portimonense, Leça, Sporting, Mafra, Rio Ave e Vizela.
Filme do jogo
O FC Porto entrou a todo o gás neste Clássico e precisou de 40 segundos para marcar o primeiro golo. Ainda havia adeptos a sentaram-se no respetivo lugar no Estádio do Dragão quando Evanílson (1′) aproveitou uma defesa incompleta de Helton Leite para abrir as contas no marcador.
O golo madrugador deixou as águias completamente desorientadas e os dragões não perderam tempo em dilatar a vantagem. Antes dos sete minutos foi Vitinha, após uma saída em falso de Helton Leite, quem marcou e deixou o FC Porto muito confortável no Clássico.
O Benfica tentou responder, Darwin Núñez até introduziu a bola dentro da baliza à guarda de Marchesín, mas o golo foi invalidado por fora de jogo, numa decisão que foi analisa e validada pelo VAR.
O FC Porto não deixava, ainda assim, de procurar mais golos e chegou ao terceiro ainda na primeira parte. Luis Díaz meteu André Almeida no bolso e assistiu Evanílson (31′) para o bis no Clássico.
Evanílson estava a ser o grande quebra-cabeças em campo, mas foi expulso, por acumulação de cartões amarelos, ainda na primeira parte, deixando o FC Porto reduzido a dez jogadores antes do intervalo.
A segunda parte contou com um ritmo mais baixo e com o FC Porto a adotar um bloco mais baixo, por força da inferioridade numérica, e de olhos postos no contra-ataque. O Benfica, por seu turno, tentava chegar ao golo de honra, mas as alterações operadas por João de Deus, lançando Everton, Yaremchuk, Pizzi e Lázaro, não surtiram efeitos práticos.
Otamendi até conseguiu bater Marchesín aos 83 minutos, mas mais uma vez o lance foi anulado depois do VAR verificar que Pizzi estava em fora de jogo no momento do cruzamento para o internacional argentino.
Ainda antes do apito final, Otamendi entrou com tudo sobre Luis Díaz, viu o segundo cartão amarelo e o consequente vermelho e está fora do próximo jogo… no Dragão.
O FC Porto venceu, assim, com total justiça o primeiro de dois Clássicos com o Benfica no Dragão e o desta noite, antes do Natal, vale uma prenda para Sérgio Conceição: o apuramento para a fase seguinte da Taça.
Na próxima quinta-feira, há novo duelo entre os rivais na casa do FC Porto, mas para as contas do campeonato. O Benfica está numa situação mais delicada e precisa de pontuar se quiser continuar na corrida pelo título.
