O Governo e as estruturas sindicais da Administração Pública voltam a reunir-se, esta quarta-feira, a dois dias da greve nacional da Frente Comum (CGTP) e depois de o primeiro-ministro, António Costa, ter garantido uma atualização salarial em 2022.
Tanto a Federação dos Sindicatos da Administração Pública (Fesap) como o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) mantêm a expectativa de que a proposta de atualização salarial de 0,9% possa ainda ser melhorada.
A última ronda negocial ocorreu em 20 de outubro, uma semana antes do ‘chumbo’ do Orçamento de Estado para 2022 (OE2022) no Parlamento e, nessa altura, a ministra Alexandra Leitão indicou que a proposta do Governo de atualização salarial de 0,9% foi “a possível”, acrescentando no entanto que o processo orçamental ainda não tinha terminado.
Em 2021, houve aumentos de 20 euros na remuneração base da função pública, para os 665 euros, de modo a ficar igual ao salário mínimo nacional, e em 10 euros para os salários que se situavam entre os 665 e os 791,91 euros.
Nos últimos 12 anos, apenas em 2020 houve aumentos para todos os trabalhadores da Administração Pública, de 0,3%, em linha com a inflação.