A Polícia Judiciária está a realizar buscas em cerca de 100 locais de norte a sul do país. Segundo a RTP, há vários militares, que integraram missões no estrangeiro, suspeitos de envolvimento em tráfico de diamantes e ouro.
Terão montado uma associação criminosa em torno das missões militares portuguesas, no âmbito das Nações Unidas e da União Europeia, entre as quais na República Centro-Africana.
As suspeitas envolvem também ex-militares e elementos de forças de segurança, que terão elaborado um esquema de branqueamento de capitais, que terá passado pela utilização de criptomoedas.
O juiz Carlos Alexandre, que lidera as buscas, acompanhado de um procurador do Ministério Público, assinou pelo menos 12 mandados de detenção, que estarão já a ser executados.
As buscas ocorrem em várias regiões, entre as quais Bragança, Porto, Vila Real e Cascais. A investigação foi aberta há mais de um ano no Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa.
Instado a comentar este assunto, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, disse aos jornalistas, em Coimbra, após ter participado numa conferência da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, que não trata indícios como se fossem factos apurados:
O comentário do ministro dos Negócios Estrangeiros às notícias que dão conta das buscas da PJ, em vários locais do país, devido às suspeitas de envolvimento de militares portugueses numa rede de tráfico de pedras preciosas e ouro.