As mulheres continuam a ganhar menos do que os homens, até porque 26% delas receberam em 2020 o salário mínimo, o que contribuiu para que 8,5% estivessem em situação de pobreza, apesar de trabalharem.

Segundo uma análise do Gabinete de Estudos Sociais da CGTP, há uma ligação entre o peso das mulheres nas diferentes atividades e a percentagem de trabalhadores e trabalhadoras a receber o salário mínimo nacional, assim como com a concentração de mulheres nessas atividades.

As mulheres constituem atualmente cerca de metade da população ativa e do emprego total e mais de metade do emprego assalariado, cerca de 52%.

No entanto, continuam a ganhar menos do que os homens, sendo a diferença de 14%, na generalidade, e de 26,1% entre os quadros superiores, refere o estudo da CGTP.

De acordo com o estudo, na Administração Pública o problema de desigualdade verifica-se no acesso de mulheres a cargos dirigentes.

A precariedade é, segundo a CGTP, outro fator que contribui para a desigualdade salarial.

Segundo o mesmo estudo, o nível de escolaridade das mulheres continua a subir, tendo 38% completado o ensino superior, 28% o ensino secundário ou pós secundário, mas o aumento das habilitações não tem tido a devida correspondência em termos da elevação dos salários.