Em Portugal, no Algarve, a empresa de biotecnologia portuguesa Sea4Us está a desenvolver um analgésico não opiáceo, seguro e eficaz para a dor crónica.

Os benefícios do mar para a saúde não conhecidos há séculos, mas, hoje, os cientistas querem ir mais longe, e procuram, no mar, uma cura para doenças graves.

Desde 2013, a empresa Sea4Us estuda organismos marinhos simples como esponjas e outros invertebrados. Um trabalho apoiado pela União Europeia.

A euronews seguiu o trabalho dos investigadores da empresa Portuguesa. A vinte metros de profundidade, os mergulhadores procuraram os sinais que indicam a presença dos venenos defensivos produzidos pelas esponjas.

As amostras são estudadas pelo laboratório de fisiologia Sea4US, na Universidade Nova de Lisboa.

A Sea4Us afirma ter encontrado duas moléculas que reduzem a atividade da dor nos neurónios do gânglio espinal. Um conhecimento da empresa portuguesa vai pôr à disposição da indústria farmacêutica para o desenvolvimento de um medicamento.

O Oceano pode oferecer tratamentos para algumas das piores ameaças à saúde pública, dos surtos virais, à resistência aos antibióticos e ao cancro.

A partir de amostras de vários países, os cientistas portugueses, cultivam novas espécies de cianobactérias. A instituição da Universidade do Porto têm mais de mil estirpes acessíveis aos investigadores da Europa e do mundo inteiro.

Estudos preliminares demostram que alguns dos compostos tóxicos que estão a ser estudados podem atingir as células cancerígenas. Experiências realizadas com larvas de peixes mostram resultados interessantes que poderão ser usados para tratar doenças graves como a diabetes e a obesidade.