A crise político-militar em Myanmar, a antiga Birmânia, desencadeada na sequência do golpe de Estado de 1 de Fevereiro, com uma forte repressão do novo poder sobre as manifestações centram esta quarta feira, dia 31 de Março, uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU.
Ainda não havendo nenhuma certeza de que o Conselho de Segurança das Nações Unidas possa chegar a um acordo sobre uma nova declaração, no final da reunião, sendo para tal necessária humanidade dos membros, incluindo a China e a Rússia.
O Conselho de Segurança condenou “fortemente a violência contra manifestantes pacíficos, incluindo mulheres, jovens e crianças”, numa declaração suscitada pelo Reino Unido, que condenou a junta militar de Myanmar, que derrubou o regime democraticamente eleito da líder birmanesa Aung San Suu Kyi.
Pelo menos 459 pessoas já morreram desde o golpe, que os militares justificam alegando fraude eleitoral cometida nas eleições legislativas de novembro passado, nas quais a Liga Nacional para a Democracia, vendeu com a maioria.
A junta militar tem reprimido de forma violenta as manifestações diárias que pedem o regresso da democracia e a libertação de antigos líderes, com a ONU a estimar que, só no passado sábado, a repressão provocou 107 mortes, incluindo sete crianças, enquanto a imprensa local fala de 114 vítimas mortais, naquele que terá sido o mais sangrento fim de semana desde o início da crise.
Desde a independência de Myanmar em 1948, vários grupos étnicos têm estado em conflito com o Governo central por mais autonomia, acesso aos muitos recursos naturais do país ou parte do lucrativo comércio de drogas.