Portugal é o país europeu com o maior número de elementos do Primeiro Comando da Capital (PCC), o maior grupo criminoso do Brasil, com um total de 87 membros identificados, segundo dados do Ministério Público de São Paulo. Destes, quase 30 estão presos, o que poderá facilitar o recrutamento da organização.
Só este ano, a Polícia Judiciária (PJ) deteve 24 pessoas condenadas e procuradas pela Justiça Brasileira em Portugal. Entre os casos recentes, destaca-se a detenção de Ygor Daniel Zagoy, considerado um dos principais cabecilhas do PCC na Europa, capturado em Cascais, onde vivia com a mulher, após quase 10 anos em fuga.
Em maio, o líder do PCC, Marcos Roberto de Almeida (Tuta), foi detido na Bolívia, sendo condenado a 12 anos de prisão no Brasil por crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas.
Especialistas alertam para a falta de cruzamento de dados entre Brasil e Portugal, dificultando a identificação de membros da organização. Apesar disso, as autoridades portuguesas garantem cooperação permanente com a Polícia Federal Brasileira no combate ao crime organizado.
O PCC, fundado nos presídios do estado de São Paulo, mantém ligações em diversos países da América Latina, incluindo Paraguai e Bolívia, e controla o tráfico de drogas em várias regiões do Brasil.


