Ángela, uma jovem espanhola da região de Requena, Valência, que havia acusado o tio de a ter envenenado juntamente com o companheiro, morreu em Itália após sofrer um aneurisma cerebral. As autoridades italianas estão a investigar as circunstâncias da morte, enquanto aguardam os resultados da autópsia para determinar se existe relação com o alegado envenenamento ocorrido em Espanha.
A jovem encontrava-se de viagem quando se sentiu mal e foi internada de urgência num hospital na Sicília, onde acabou por não resistir. O caso, que já tinha causado grande impacto em Espanha, remonta a uma disputa familiar por heranças.
Entre setembro de 2024 e maio de 2025, Ángela e o companheiro começaram a sofrer problemas estomacais persistentes, sem explicação aparente. Desconfiados, instalaram câmaras de videovigilância em casa e, a 11 de maio, captaram imagens de alguém a entrar na habitação e a manipular alimentos, incluindo uma embalagem de ketchup.
O principal suspeito é o tio de Ángela, que foi detido após a descoberta de vários produtos tóxicos, como inseticidas, herbicidas e veneno para ratos, na sua casa. O homem negou as acusações, afirmando que entrou na residência da sobrinha apenas para verificar uma alegada fuga de gás, uma vez que teria uma chave entregue pelo casal.
O suspeito estava em conflito com duas irmãs — uma delas mãe de Ángela — devido a uma disputa de heranças iniciada em 2023. É acusado de tentativa de homicídio e de ter provocado danos materiais e incêndios contra membros da família.
Enquanto o corpo de Ángela permanece em Itália para exames forenses, as autoridades espanholas acompanham o caso para apurar se há ligação entre o aneurisma e os envenenamentos anteriores.
