A traficante Penélope, conhecida como Japinha do CV ou Musa do Crime, foi morta durante uma megaoperação policial no Rio de Janeiro, realizada na passada terça-feira, 28 de outubro. A ação, considerada uma das mais letais do estado, resultou na morte de 121 pessoas, segundo dados divulgados pelas autoridades.
De acordo com informações reveladas pela coluna Na Mira, do portal Metrópoles, Japinha trocou as suas últimas palavras com uma amiga durante o confronto. A conversa começou com um simples “oi” e seguiu para uma chamada de vídeo de três minutos. Pouco depois, a amiga enviou outra mensagem: “Acabou a operação já?”.
A resposta de Japinha foi a sua derradeira comunicação:
“Eles tá aqui em cima de nós. Não, [não acabou a operação]. A bala tá comendo. Helicóptero tá aqui rodando.”
Após essa mensagem, não respondeu mais. Pouco depois, foi atingida por um disparo de fuzil no rosto, ficando irreconhecível.
Segundo a Polícia, no momento em que foi abatida, Japinha usava roupa camuflada, colete tático e carregava compartimentos para munição de fuzil. A corporação afirmou que a criminosa resistiu à abordagem e abriu fogo contra os agentes, que reagiram.
Apontada como uma das principais combatentes do Comando Vermelho, Japinha era considerada figura de confiança dos líderes locais da facção e atuava na defesa de rotas de fuga e pontos estratégicos de venda de droga.
Além do seu envolvimento no tráfico, tinha forte presença nas redes sociais, onde ostentava armas e publicava mensagens provocatórias contra as autoridades. A sua morte marcou um dos episódios mais violentos da recente ofensiva policial no Rio de Janeiro.
