Mais de metade das organizações sociais continuam a registar quebras nas suas receitas por causa da pandemia de Covid-19. Ainda assim, está abaixo dos 77% registados no período de emergência, de acordo com o estudo da Universidade Nova de Lisboa.
Do universo de 55% das organizações sociais que continua a ressentir-se nas receitas, 37% justifica a quebra com a redução dos donativos, 28% aponta a redução dos seus produtos ou serviços apesar da retoma da atividade. Outros 17% dizem que ainda não retomaram a atividade e a minoria responsabiliza a perda de acesso a fundos públicos ou privados.
Por outro lado, 10% das organizações diz estar a sentir um aumento nas receitas, indicando que a retoma está relacionada com receitas de produtos e serviços já existentes antes da pandemia, com a recuperação de donativos, receitas de novos produtos ou serviços, apoios financeiros e ainda de outras receitas.
Há uma evolução positiva no receio de ter de avançar para despedimentos de trabalhadores, com 70% das instituições a afirmar que agora já não corre esse risco.
Por último, quando questionadas sobre se acham que esta pandemia está a criar algum problema social, a grande maioria refere o possível aumento dos problemas de foro psicológico, seguido de perto com o aumento do desemprego e da pobreza.